O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (29) que o governo pensa no longo prazo, mas também busca um "choque de curto prazo" na produtividade do país. Ele citou de maneira ampla medidas de desburocratização como essenciais para destravar a economia.
Guedes destacou que a tecnologia qualifica o capital e a educação, a mão de obra. Essas são diretrizes de longo prazo. "Mas também pensamos num choque de curto prazo", afirmou.
"É possível produzir um milagre econômico com medidas para destravar a economia", afirmou o ministro, citando o que estudiosos já observaram pela experiência em outros países. Para ele, essas iniciativas podem garantir alguns anos de crescimento.
"Milagre econômico" é uma expressão comumente usada para definir a época de alto crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) durante a ditadura, em especial entre os anos de 1969 e 1973, expansão essa que resultou na explosão do endividamento externo do país e em anos de recessão e hiperinflação na década de 1980.
O ministro não entrou em detalhes sobre as medidas. Mas sabe-se que o governo está preparando um pacote com ações "microeconômicas" para destravar a economia.
Já está em vigor uma medida provisória para diminuir a burocracia enfrentada por empreendedores, e também está em fase final de elaboração um conjunto de iniciativas de estímulo à produtividade.
O governo avalia, ainda, ações de curto prazo para impulsionar o consumo, como a autorização para saque do PIS/Pasep e de contas inativas do FGTS.
E, na terça-feira (28), o ministro e sua equipe econômica pediram ajuda a deputados para destravar 30 projetos que o governo considera prioritários para reformar a máquina pública e fazer a economia andar.
Em seminário sobre produtividade e crescimento promovido pela Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), Guedes afirmou que a agenda macroeconômica – como as reformas da Previdência e tributária – tem sido mais visível, mas que a agenda microeconômica também é importante.
Para o ministro, as democracias precisam ser sistemas de gestão política descentralizada, e o Brasil está atrasado nesse processo. O governo Jair Bolsonaro, porém, está tentando uma "modernização institucional", disse.
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