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O governador Helder Barbalho (MDB-PA), do Pará, pediu nesta quarta (6) que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, adote o pragmatismo e a diplomacia na relação do país com o Brasil nos próximos quatro anos de governo.
Trump foi eleito com uma inesperada folga sobre Kamala Harris nesta madrugada, com 267 votos dos delegados contra 224 da opositora. Os institutos de pesquisa projetavam uma disputa apertada, o que não se concretizou.
“O pragmatismo, a diplomacia e o histórico das relações bilaterais devem ser os únicos fatores a guiar a relação entre esses dois povos”, disse o aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que reconheceu mais cedo o resultado da eleição americana com um tom mais democrático do que o adotado rotineiramente.
O pedido por uma relação mais pragmática ocorre por conta das diferenças entre Trump, da direita, e Lula, da esquerda. O presidente brasileiro é um contumaz crítico do norte-americano e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado do republicano.
No entanto, para Helder Barbalho, a relação dos dois países é histórica e assim deve seguir.
“As relações de parceria entre os Estados Unidos e Brasil são históricas e o momento agora requer grandeza. O Brasil é a maior nação da América do Sul e os EUA, a maior potência do mundo. [...] Parabenizo a democracia americana e desejo sucesso ao presidente eleito”, emendou o governador paraense.
Mais cedo, Lula também parabenizou Trump pela vitória nos Estados Unidos e afirmou que “a democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada”. Ele, no entanto, não explicou se ligará para o empresário para parabenizar vocalmente pelo resultado da eleição, como é de praxe da diplomacia do governo brasileiro.
Lula ainda emendou afirmando que “o mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade”. “Desejo sorte e sucesso ao novo governo”, completou.
Na tarde de terça (5), o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) afirmou que a vitória de Trump – ainda tratando como “eventual” – não traria impacto para o governo Lula. Para ele, “se o Trump quiser fazer algum tipo de retaliação, sinceramente, quem está perdendo é ele, que vai estar perdendo um parceiro importante, que é o Brasil”.