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General Augusto Heleno afirmou que o envolvimento do GSI em suposto plano de golpe é mais uma mentira e que jamais tomou conhecimento de qualquer ação nesse sentido.
General Augusto Heleno afirmou que o envolvimento do GSI em suposto plano de golpe é mais uma mentira e que jamais tomou conhecimento de qualquer ação nesse sentido.| Foto: Marcos Corrêa/PR

O general Augusto Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), negou nesta quinta-feira (2) que tenha tomado conhecimento sobre qualquer suposto plano de golpe relatado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES). “É mais uma mentira qualquer envolvimento do GSI ou da Abin, como instituições, nesse ‘plano’. Eu jamais tomei conhecimento de qualquer ação nesse sentido”, afirmou o ex-ministro em mensagem encaminhada para a Folha de S.Paulo.

Também nesta quinta-feira (2) a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) divulgou uma nota negando qualquer participação do órgão no caso. No comunicado, a Abin diz ter compromisso com a democracia.

“Como já negado pelo próprio senador Marcos do Val em entrevista à imprensa, a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) não está absolutamente envolvida em qualquer iniciativa relacionada à possibilidade de gravação de conversas de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A ABIN reafirma seu compromisso com a democracia e o Estado Democrático de Direito e sua direção e corpo de servidores jamais coadunariam com esse tipo de ação”, diz o órgão.

Senador denuncia plano de golpe e depois muda versão

O senador Marcos Marcos do Val afirmou hoje que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) tentaram coagi-lo a dar um golpe de Estado. Ele afirmou que os dois planejavam fazer gravações sem autorização de conversas que pudessem comprometer o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que posteriormente serviriam de argumento para prendê-lo e invalidar o resultado das eleições.

De acordo com o senador, ele seria equipado com equipamentos de escuta ambiental em suas roupas, com o apoio do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República – orgão responsável pela segurança do presidente e ao qual é vinculada a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Após a repercussão do caso, o senador mudou sua versão inicial e negou que o ex-presidente Bolsonaro tenha pressionado para que ele participasse da ação. Ele será ouvido pela Polícia Federal.

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