| Foto: Agência Brasil
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Autoridades sanitárias brasileiras monitoram 31 casos suspeitos de hepatite de origem desconhecida em crianças e adolescentes em sete estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Pernambuco. A doença, que teve os primeiros casos relatados no Reino Unido no início de abril, já acometeu cerca de 400 crianças de 20 países até esse sábado (14).

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“Os casos seguem em investigação. Os centros de informações estratégicas de Vigilância em Saúde e a Rede Nacional de Vigilância Hospitalar monitoram qualquer alteração do perfil epidemiológico, bem como casos suspeitos da doença”, informa o Ministério da Saúde em nota.

A hepatite misteriosa, como vem sendo chamada, tem sintomas comuns da inflamação aguda do fígado, como dor abdominal, náusea, vômito, diarreia, febre, urina escura e icterícia (pele e olhos amarelados). Pesquisadores afirmam que até agora há pouca chance de a inflamação evoluir para a forma grave, quando há necessidade de transplante.

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A dificuldade dos médicos e pesquisadores é de que nos exames desses casos não é detectado nenhum dos vírus que causam a doença nas formas clássicas, as hepatites A, B, C, D e E. Por isso a Organização Mundial de Saúde (OMS) vem estudando a hepatite misteriosa. A suspeita é de que a doença esteja relacionada aos adenovírus, vírus causadores de doenças gastrointestinais e respiratórias.

Só o estado de São Paulo monitora 15 crianças suspeitas de estarem com a doença. Em todos, os pacientes têm menos de 17 anos. "A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo monitora os pacientes e aguarda a conclusão dos exames diagnósticos e de toda a investigação epidemiológica. Portanto, é precipitada a confirmação da doença no estado, uma vez que somente a conclusão diagnóstica poderá determinar a doença", informou o governo paulista.

No Rio de Janeiro, a Secretaria de Saúde emitiu sexta-feira (13) alerta da doença a todos os 92 municípios do estado. Seis casos suspeitos estão sendo monitorados no Rio, sendo que um é a morte de um bebê de 8 meses na cidade de Maricá.