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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, evitou comentar sobre as declarações do presidente Lula sobre a comparação dos ataques de Israel ao extermínio de judeus no Holocausto.
Em entrevista à GloboNews, Barroso não quis emitir opiniões, mas disse que o extermínio de judeus no Holocausto é um tema que precisa ser tratado “com cerimônia”e “respeito”, e não pode ser "banalizado”.
“É um assunto que tem que ser tratado com muita cerimônia e não ser banalizado. Eu não vou entrar na questão do comentário do presidente, não é o meu papel. Mas, para quem viu e conhece as pessoas que eu conheço, viu às cenas, visitou o Museu do Holocausto, eu fui a Auschwitz, é impossível avaliar a barbárie que foi aquilo. Não foi guerra, aquilo foi desumanidade mais profunda", disse Barroso à GloboNews.
O ministro reconheceu o Hamas como um grupo "terrorista", e ressaltou que o que está acontecendo no Oriente Médio é uma "guerra".
"É possível ter uma visão duramente crítica da política do Benjamin Netanyahu, se alguém quiser ter. Mas é uma guerra, não é um exercício de desumanização. Possivelmente, a coisa mais impactante que eu já vi foi Auschwitz. Você sai de lá e [leva] dias para se recuperar daquela energia do que aconteceu ali. Então, eu trataria com muito respeito e seriedade", concluiu Barroso.