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Ameaça a Zanin

Homem que hostilizou Zanin grava retratação como parte de acordo judicial

Luiz Carlos Bassetto
Luiz Carlos Bassetto pede "sinceras desculpas" ao agora ministro Cristiano Zanin por ameaça de agressão em aeroporto. (Foto: reprodução/vídeo)

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Luiz Carlos Bassetto, que hostilizou em 2023 o então advogado Cristiano Zanin, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), precisou gravar um vídeo se retratando pela ameaça de agressão. A medida faz parte de um acordo judicial realizado em audiência na 6ª Vara Criminal do Distrito Federal, onde Bassetto se tornou réu por crimes contra a honra, e foi tornado público na segunda (13).

Na gravação, Bassetto lê um texto em que expressa desculpas de forma “espontânea e respeitosamente”, e disse retratar e apresentar suas "sinceras desculpas ao advogado Cristiano Zanin, atual ministro do STF".

“Esta retratação é de forma cabal, plena, inequívoca e consciente”, afirmou sem citar que a gravação foi feita no âmbito do acordo.

Bassetto afirma reconhecer publicamente a competência de Zanin – que questionou na época – declarando que “ele não é o pior advogado que possa existir. Pelo contrário, é um excelente advogado e hoje exerce o cargo de ministro em razão da sua competência”.

Ele afirma, ainda, que se arrepende “de todas as demais ofensas proferidas na oportunidade”, e que deixará de mencioná-las.

A retratação de Bassetto, diz ele na gravação, também se estende à advocacia como um todo. A defesa do acusado espera que essa retratação leve à extinção da pena.

O incidente que motivou essa retratação ocorreu quando Bassetto abordou Zanin no banheiro do aeroporto de Brasília, proferindo insultos como “bandido”, “corrupto”, “safado” e “vagabundo”. Em certo momento, ele também ameaçou fisicamente o então advogado.

“Vontade de meter a mão na orelha de um cara desse. [...] Tinha que tomar um pau de todo mundo que está andando na rua”, afirmou na época.

Apesar das agressões, Zanin optou por não reagir e deixou o local. O advogado ficou conhecido por atuar na defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante as investigações da Operação Lava Jato e da prisão dele em Curitiba. Com a eleição do petista à presidência em 2022, foi indicado para o cargo de ministro do STF no ano passado.

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