O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o retorno do horário de verão é “possibilidade real” e pode ocorrer em novembro. Segundo ele, a decisão será tomada apenas se o cenário de estiagem no Brasil não melhorar.
“O horário de verão é uma possibilidade real, mas a decisão não está tomada; me reuni com as empresas aéreas, se o quadro não melhorar o atual quadro nos próximos dias, a possibilidade do horário de verão pode se tornar uma realidade muito premente”, disse em uma coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (2).
De acordo com Silveira, a situação hídrica é alarmante e exige atenção. O ministro também defendeu a utilização do saldo da conta bandeira para baratear a conta de luz.
“O ministro se equilibra sempre entre segurança energética e modicidade tarifária, e a segurança energética é mais importante que a motricidade tarifária. Nós vivemos a maior crise hídrica dos últimos 74 anos”, destacou.
Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) mostram que o volume hídrico atual é o menor desde que as previsões começaram a ser registradas, em 1950.
Retorno oficial cabe ao Lula
O retorno do horário de verão voltou a ser discutido no governo presidente Lula, como uma alternativa para economizar energia diante da estiagem. A retomada vem sendo defendida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
“O horário de verão é muito transversal e a decisão tem que ser tomada com muita responsabilidade. Mesmo com sinalização positiva da ONS, para a possibilidade de uma possível volta dessa política pública”, frisou o ministro.
Se Lula aprovar o horário de verão, será via decreto e começará a valer, no mínimo, 30 dias após a publicação do decreto.
O horário de verão foi extinto em 2019, no primeiro ano da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após conclusão de que o sistema de adiantamento de horas não reduz o consumo de energia. Pelo contrário, aumenta.
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