Duas das principais organizações que trabalham em defesa dos direitos humanos, a Human Rights Watch e a Anistia Internacional não se pronunciaram sobre as afirmações de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a escravidão africana no Brasil.
O mandatário brasileiro fez uma infeliz declaração nesta semana. Durante rápida passagem por Cabo Verde, país africano, o petista "agradeceu" ao continente pelo o que havia feito no Brasil durante o regime escravista.
"Temos uma profunda gratidão ao continente africano por tudo que foi produzido durante 350 anos de escravidão no nosso país", disse Lula após encontro com José Maria Neves, presidente de Cabo Verde. As alegações geraram uma repercussão negativa.
As organizações, contudo, não se pronunciaram sobre o tema. Procuradas pela Gazeta do Povo, a Human Rights Watch explicou que "apenas comentamos temas relacionados as investigações que a Human Rights Watch desenvolveu no país" e que, por isso, não seria a "organização mais indicada a tecer comentários sobre essa fala do Lula". A Anistia Internacional não respondeu à tentativa de contato da reportagem.
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