Pelo menos 52 países se mostraram favoráveis à proposta, disse chanceler chinês ao ministro Mauro Vieira.| Foto: reprodução/Canal Gov
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O ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, afirmou que a Hungria e a Nicarágua são dois dos 52 países e organizações internacionais que apoiam ou pretendem apoiar a proposta construída pelo Brasil e pela China para interromper a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

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A proposta foi anunciada no mês passado com “pontos de vista aprofundados sobre a promoção de uma solução política para a crise na Ucrânia e o abrandamento da situação”. Brasil e China apelam para a participação dos dois países em conflito a evitarem a expansão do campo de batalha, a escalada dos combates e as provocações.

O anúncio de que 52 países são simpáticos à proposta sino-brasileira foi feita nesta quinta (13) durante uma viagem de Vieira à Rússia para participar de uma reunião de chanceleres do Brics, em que encontrou o homólogo chinês Wang Li.

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“Recentemente, China e Brasil emitiram conjuntamente seis entendimentos comuns sobre a solução política da questão da Ucrânia. Cada vez mais países entendem e aprovam”, disse Wang.

Durante o encontro com Vieira, Wang ressaltou que este ano marca o início da “cooperação do Brics ampliado” e destacou o desejo da China de trabalhar com o Brasil para que o bloco de países desempenhe um papel mais significativo na governança global e na defesa dos interesses dos países em desenvolvimento.

O chanceler brasileiro destacou a recente “visita bem-sucedida” do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) a Pequim, e comentou que “Brasil e China compartilham posições semelhantes em muitas questões”, incluindo a declaração conjunta sobre os seis entendimentos comuns que ele considera de “importância significativa”.

O documento anunciado em maio por Wang e Celso Amorim, assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais, inclui o apoio de China e Brasil a uma conferência internacional de paz que seja reconhecida tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia, com a participação igualitária de todas as partes envolvidas e uma discussão justa de todos os planos de paz.

A assessoria de Amorim informou que Brasil e China se comprometem a engajar países amigos para construir essa conferência de paz. O presidente Lula conversou na última segunda (10) com o presidente russo, Vladimir Putin, e, segundo o governo brasileiro, reiterou a defesa de negociações de paz que envolvam ambos os lados do conflito, alinhando-se com o documento assinado por Amorim e Wang.

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