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Relações políticas

Ibaneis recua e diz que “não tem embate” com Lula em relação ao 8 de janeiro

Ibaneis Rocha
Governador do DF recuou da crítica que fez a Lula na segunda (17) após ser acusado de "cúmplice" com os atos de 8/1. (Foto: Joedson Alves/EFE)

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O governador Ibaneis Rocha (MDB/DF), do Distrito Federal, afirmou nesta quarta (19) que não tem nenhum tipo de embate com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que o acusou de ter sido cúmplice dos atos de 8 de janeiro de 2023.

Ibaneis foi questionado mais cedo em um evento em Brasília sobre a fala que deu na segunda (17) de que não pisa “na terra arrasada do Lula”, em que ele faltou a um evento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que o petista discursou.

“Não tenho nenhum tipo de embate com o presidente Lula. Eu acho que ele foi injustiçado na época da Lava Jato”, disse a jornalistas.

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O governador distrital ainda emendou o recuo afirmando que quer “que o governo dele [Lula] dê certo, até porque o Brasil precisa disso. Mas, não tem nenhuma rusga”.

“O presidente cometeu um ato, na minha visão, errado, mas que pra mim não tem nenhum problema, de dizer que eu era cúmplice do 8 de janeiro e eu não posso compactuar com uma coisa dessa. O resultado saiu agora com a decisão do Supremo”, disse em relação à decisão da Corte de arquivar o inquérito em que ele era citado no âmbito das investigações do 8/1.

A crítica de Ibaneis a Lula foi feita através de uma carta enviada ao presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti, em que disse que “fiz um compromisso comigo que não piso em território que o presidente Lula esteja presente, pelo menos até que ele se retrate por ter me acusado, de forma leviana, de ter sido cúmplice do Bolsonaro no 8/1”.

Lula fez a crítica a Ibaneis em um documentário da GloboNews sobre os atos de 8/1, em que disse que o governador “é cúmplice disso, concordou com isso, negligenciou, não agiu corretamente” e que “ele era conivente com o caso”.

Em março, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou o inquérito que investigava Ibaneis por omissão nos ataques, atendendo ao pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet. O governador era investigado por supostas falhas na segurança que teriam facilitado a invasão da Praça dos Três Poderes.

A relação entre Lula e Ibaneis já vinha desgastada desde dezembro, quando o pacote de ajuste fiscal pretendia impor medidas restritivas ao Fundo Constitucional do Distrito Federal, financiado pela União para custeio da segurança, saúde e educação do DF.

Na ocasião, Lula afirmou que “não era possível ele [Ibaneis] receber mais que os outros estados” e ressaltou que o DF já é a unidade da federação que mais recebe recursos federais.

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