O impeachment de Wilson Witzel (PSC), governador afastado do Rio de Janeiro, foi aprovado por unanimidade pelo Tribunal Especial Misto por crime de responsabilidade. Foram 10 votos favoráveis: cinco deputados estaduais e cinco desembargadores. Com a decisão, Witzel perde o cargo de forma imediata e definitiva. O tribunal era formado por deputados e desembargadores do Tribunal de Justiça. Ele é o primeiro governador a sofrer impeachment desde o processo de redemocratização do Brasil. O tribunal decidiu ainda que o agora ex-governador ficará inelegível por cinco anos.
Mais cedo, antes do início do julgamento, Wilson Witzel se manifestou pelas redes sociais, afirmando que o processo era "uma terrível mácula para a democracia brasileira". " Este processo de impeachment está ignorando a jurisprudência dos tribunais superiores e continua usando a delação de Edmar, surpreendido com 10 milhões de reais, como única prova contra mim. Será uma terrível mácula para a democracia brasileira. Triste.", publicou.
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro autorizou a abertura do processo em junho e Witzel foi afastado no final de agosto por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O pedido de impeachment contra Witzel alega que houve crime de responsabilidade e corrupção ao longo da pandemia da Covid-19. Protocolado pelos deputados Luiz Paulo (Cidadania) e Lucinha (PSDB), a acusação aponta que havia propinas pagas por organizações sociais, com liberação inclusive de restos a pagar. Segundo a acusação, Witzel era um dos beneficiários.
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