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Ato convocado por Bolsonaro

Imprensa internacional repercute ato em defesa de Bolsonaro: “Demonstração de força”

Manifestação pró-Bolsonaro na Aveinda Paulista
Cerca de 750 mil pessoas lotaram a Avenida Paulista em ato pró-Bolsonaro, segundo a Polícia Militar (Foto: Divulgação/Silas Malafaia)

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Convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a manifestação ocorrida na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (25), repercutiu na imprensa internacional com destaque para a adesão maciça ao ato e para as acusações de “tentativa de golpe” contra o ex-presidente.

Ao convocar os apoiadores para o ato, Bolsonaro disse que o objetivo seria mostrar para o mundo “a fotografia” da insatisfação do povo com o rumo da política nacional.

Para o jornal espanhol El País, a manifestação reforça a liderança de Bolsonaro depois de um ano de comedimento. O jornal lembrou que o ato também ocorreu três dias depois do depoimento de Bolsonaro à Polícia Federal no âmbito do inquérito que investiga suposta tentativa de “golpe”.

Na mesma linha, o jornal inglês The Guardian disse que “Bolsonaro está tentando mostrar que sua base é resiliente enquanto está sendo investigado”. O jornal também destacou a participação de “dezenas de milhares” de manifestantes e classificou o ex-presidente como “extrema-direita”.

O também inglês Daily Mail disse que a adesão maciça ao ato foi “uma demonstração de apoio” em meio às acusações contra Bolsonaro.

“Vestidos com o verde e o amarelo da bandeira do Brasil , que Bolsonaro reivindicou como símbolo durante o mandato, uma imensa multidão de seus apoiadores lotou a Avenida Paulista, uma das principais artérias da capital econômica do país”, disse o jornal.

O jornal The Times of Israel deu destaque ao apoio de Bolsonaro e de manifestantes à Israel em face dos ataques do presidente Lula (PT), que comparou a luta de Israel contra o Hamas ao Holocausto.

“Bolsonaro chegou agitando a bandeira israelense – uma rejeição aos comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada comparando a ofensiva de Israel em Gaza ao Holocausto – antes de colocar a mão no peito para o hino nacional. Várias bandeiras israelenses puderam ser vistas com destaque na multidão”, disse o The Times of Israel.

O jornal alemão Süddeutsche Zeitung destacou os pedidos de Bolsonaro para pacificação do país e anistia para os presos do 8 de janeiro. Os mesmos temas foram destaques no também alemão, Spiegel.

Já a agência de notícias Reuters deu destaque para as investigações contra Bolsonaro por suposta tentativa de “golpe”, classificou o ex-presidente como “populista frequentemente comparado ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump”, e disse que Bolsonaro é de “extrema-direita”.

Após reconhecer a adesão de “dezenas de milhares” de pessoas ao ato, o jornal francês Le Monde também classificou Bolsonaro e apoiadores como “extrema-direita” e destacou as acusações de “golpe” que pesam contra o ex-presidente.

O mesmo tom foi adotado pelo também francês, Le Figaro. O jornal disse que a manifestação foi um teste para a popularidade de Bolsonaro em meio às investigações de que é alvo.

O jornal France 24 disse que mesmo sendo alvo de acusações, a manifestação foi uma demonstração da força política de Bolsonaro, que segue sendo “adorado” pelos eleitores.

O jornal Al Jazeera também deu destaque à força política de Bolsonaro demonstrada na manifestação e disse que apesar da inelegibilidade, Bolsonaro ainda é o “principal adversário de Lula”.

“Embora Bolsonaro esteja impedido de concorrer ao cargo até 2030 devido a duas condenações por abuso de poder, ele continua ativo na política brasileira como o principal adversário de Lula [...] À medida que as eleições para prefeito deste ano se aproximam, os candidatos se dividem entre os dois líderes”, destacou o jornal árabe.

O jornal The Korea Times, um dos mais antigos de língua inglesa publicado diariamente na Coreia do Sul, disse que o ato foi uma “demonstração de força em meio às investigações de golpe”.

O site de notícias japonês, BNN Breaking, disse que “a manifestação em São Paulo não só serviu como plataforma para Bolsonaro expressar as suas queixas, mas também funcionou como um espelho que reflete as profundas divisões na sociedade brasileira”.

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