Professores e servidores técnico-administrativos dos institutos federais de educação decidiram neste domingo (23) encerrar a greve de mais de dois meses. Em assembleia, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais na Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasete) anunciou a decisão, aceitando a proposta do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de reajuste salarial só em 2025. Os sindicalistas devem assinar acordo com o Executivo para oficializar o fim da paralisação.
Os professores das cerca de 60 universidades em greve devem seguir a mesma decisão ainda neste domingo. Na última sexta-feira (21), 20 delas já haviam decidido o retorno às atividades, contrariando indicação dos sindicatos. Em 22 de maio, o governo assinou um acordo com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), uma das entidades que representam os professores federais, com o objetivo de encerrar a greve. No entanto, na quarta-feira (19), a Justiça Federal anulou o acordo após ação movida pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe, braço do Andes. A ação é contestada pelo Proifes.
A greve prolongada na rede federal de ensino superior produz desgaste de Lula com um setor que tradicionalmente o apoia. Para tentar acalmar os ânimos, o governo lançou na segunda-feira (10) um pacote do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinado às universidades e hospitais universitários, com previsão de R$ 5,5 bilhões em investimentos já previstos pelo Orçamento da União. O ministro da Educação, Camilo Santana, também anunciou um acréscimo de R$ 400 milhões para o custeio das instituições federais, dos quais R$ 279,2 milhões serão destinados às universidades e R$ 120,7 milhões aos institutos.
Lula mostrou irritação com greve prolongada em diferentes ocasiões
Em 10 de junho, Lula havia criticado o prolongamento da greve dos professores e técnicos das universidades e institutos federais e afirmou que o montante de recursos negociados com o Ministério da Gestão para recompor os salários era irrecusável. “Não há razão para essa greve durar o que está durando”, disse o presidente a reitores de universidades, aos quais cobrou “coragem”. Na última sexta-feira (21), quando o movimento grevista começava a dar sinais de enfraquecimento, ele voltou à carga, dizendo que não temia se reunir com os reitores, aproveitando para se comparar com o antecessor Jair Bolsonaro (PL), que não havia se reunido com eles. “Esse dedo que falta não foram eles que morderam”, disse.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião