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A Itaipu Binacional estuda elevar em um metro a altura do volume de água estocado na barragem da usina. A intenção é aumentar o aproveitamento da água do reservatório para a produção de energia. "Hoje, a Itaipu tem eficiência média de 97%. Acreditamos que, com o aumento do nível do reservatório, podemos melhorar o aproveitamento em 1% ou 2%", disse o diretor técnico executivo da usina, Celso Torino, em conversa com a imprensa nesta sexta-feira (14).
De acordo com Torino, a equipe técnica da Itaipu já realizou estudos e concluiu que a estrutura da barragem suporta a alteração. Se a mudança for concretizada, o nível do reservatório deve subir da média de 220 metros acima do nível do mar para pouco mais de 221 metros acima do nível do mar. O volume ainda estaria abaixo da capacidade da estrutura, que comporta até 225 metros acima do nível do mar.
Itaipu ainda não sabe em quanto deve aumentar a área alagada
Para fazer a alteração, porém, a usina ainda depende de estudos ambientais. Segundo o diretor técnico, ainda não há o dado exato sobre qual seria o aumento na área alagada pela barragem. "O que sabemos é que tudo ficaria restrito aos terrenos de Itaipu. Provavelmente é uma questão de metros", explicou o diretor.
Os profissionais da usina avaliam, ainda, a necessidade de requisitar autorizações junto a órgãos ambientais, como o Instituto Ambiental do Paraná (IAP). A diretoria da usina ainda não sabe, por exemplo, se a Itaipu precisará realizar ações para mitigar o impacto ambiental do aumento do reservatório.
Se o projeto for aprovado, a usina deverá investir em estruturas para realizar o chamado alteamento nas comportas dos vertedouros. Essa alteração - a única de natureza estrutural exigida pelo projeto - deve impedir que pequenas quantidades de água transbordem pela barragem, em dias com muito vento, por exemplo.
De acordo com o diretor, a intervenção deve custar entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões à usina.
*A reportagem viajou a convite da Itaipu Binacional, a propósito da celebração do marco de 2,7 bilhões de MWh produzidos desde o início da operação da usina.