A advogada e ex-deputada estadual Janaína Paschoal, autora do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, disse nesta sexta-feira (22), que se sentiu "desrespeitada" por não ter sido consultada sobre as iniciativas que questionaram os direitos políticos da ex-mandatária. A declaração foi feita à Gazeta do Povo, após o Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria contra a suspensão dos direitos políticos de Dilma Rousseff (PT).
"Erraram os partidos em questionar, como também erraram os movimentos que, à época, foram ao STF para anular o julgamento. Na condição de denunciante e advogada no processo, confesso que me senti desrespeitada, pois não fui sequer consultada antes dessas iniciativas", diz.
Ao ler os votos dos ministros Alexandre de Moraes e Rosa Weber, Janaína menciona que embora "eles percorram outros caminhos, ao fim, estão reconhecendo a soberania do Senado e, nesse sentido, estão absolutamente corretos". "O Supremo Tribunal Federal não poderia mesmo alterar o que foi definido pelo juiz natural da causa", declara.
O julgamento sobre os direitos políticos de Dilma Rousseff iniciou no dia 15 de setembro e ocorre no plenário virtual do STF, onde os ministros apenas depositam seus votos. Eles analisam seis ações que pedem a suspensão dos direitos políticos da petista. Até o momento, o placar é de seis votos a zero.
Na semana passada, a presidente da Corte e relatora do caso, ministra Rosa Weber, votou contra as ações. A magistrada apontou que o impeachment é um processo político e o STF não deve interferir na decisão do Senado. Acompanharam o entendimento de Weber os ministros: Alexandre De Moraes, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Dias Toffoli e Cristiano Zanin. O julgamento vai até às 23h59 desta sexta-feira (22).
Faltam os votos dos ministros Gilmar Mendes, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, André Mendonça e Nunes Marques. Os mandados de segurança pedindo a suspensão dos direitos políticos da ex-presidente foram protocolados pelo PSL, PSDB, Rede Sustentabilidade, pelo senador Magno Malta (PL-ES), pelo ex-senador Álvaro Dias (Podemos-PR) e pelo deputado José Medeiros (PL-MT).
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