A primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja| Foto: Claudio Kbene/PR.
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A primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, disse que o bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), “ataca a democracia brasileira” ao confrontar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com a divulgação de uma série de documentos que revelam a imposição de censura na rede social, nos últimos quatro anos, por parte do judiciário do Brasil contra perfis não alinhados à esquerda.

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“Novamente não me surpreende a postura do Sr. Elon Musk que, nos últimos dias, tem feito uma série de postagens atacando a soberania brasileira, personificando esses ataques ao ministro do STF, Alexandre de Moraes. O anúncio de Musk de liberar contas que haviam sido bloqueadas por decisões judiciais é um desrespeito a uma decisão do judiciário brasileiro. Esses perfis são utilizados para disseminar fake news, ódio e misoginia, e também para sustentar a tentativa de golpe do 08 de janeiro de 2023. Como o próprio ministro Alexandre de Moraes falou: redes sociais não são terra sem lei! E as plataformas, além de obedecerem às decisões judiciais de cada país, devem ser responsabilizadas pelos crimes cometidos dentro dela”, escreveu Janja em seu perfil na rede social X.

“Volto a repetir que esse tipo de ação do X, além de ser uma ação coordenada contra a democracia, também é uma ação que visa lucro e o mundo civilizado não pode ficar de joelhos frente a essa articulação da extrema direita, que tenta corroer nossa sociedade”, completou a primeira-dama.

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No sábado (6), Musk gerou alvoroço em sua rede social e no noticiário brasileiro ao perguntar a Moraes por que ele “exige tanta censura no Brasil”. Musk também disse que poderá restaurar todas as contas suspensas da plataforma no Brasil a pedido do judiciário, mas cuja forma e razões foram consideradas ilegais.   

O questionamento ocorreu após a divulgação de uma nova série de documentos internos do Twitter envolvendo as tratativas da rede social com autoridades e personalidades brasileiras que revelam que o TSE, além de parlamentares e do Ministério Público, buscaram violar o Marco Civil e “direitos constitucionais” dos cidadãos brasileiros, segundo os próprios consultores jurídicos da empresa, para fazer pesca probatória e coletar dados em massa de usuários que postaram determinadas hashtags. O escândalo está sendo chamado de Twitter Files Brazil. 

Os documentos foram revelados pelo autor e jornalista Michael Shellenberger, em colaboração com a Gazeta do Povo. 

Em resposta, Moraes determinou a abertura de um inquérito contra Musk e pediu a inclusão do dono do Twitter como investigado em outro inquérito já existente, o polêmico inquérito das milícias digitais.

Alinhados com a reação de Moraes, representantes do governo e parlamentares da esquerda reforçaram os pedidos para regulação das redes sociais, pediram a “responsabilização” de Musk e o acusaram de ser um tipo de “porta-voz da extrema-direita global”. 

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Há ainda relatos de bastidores de que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foi alertada para possível ordem judicial para tirar o X do ar.

Caso o banimento da rede social se concretize, mais de 22 milhões de usuários serão prejudicados no Brasil. 

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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