A presidente do PL Mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), disse neste sábado (20), que a atual primeira-dama, Janja da Silva, é uma “articuladora de compras de móveis sem licitação”. A declaração faz referência às trocas de acusações entre as duas sobre um suposto desaparecimento da decoração do Palácio da Alvorada.
“Não adianta [a Janja] apenas chegar e ficar articulando, sendo articuladora de viagens, articulando compras de móveis sem licitação, inventando, mentindo, para poder usar o dinheiro do contribuinte sem responsabilidade”, afirmou Michelle em evento do PL Mulher em São Luís, no Maranhão.
E acrescentou: “Por 1 ano, assassinaram nossa reputação, falando que tínhamos levado os móveis. Pura mentira. Eu sempre falei onde os móveis estavam. Eu sempre falei: ‘estão no depósito de número 5’, dava até o número do depósito. […] Para de brincadeira. É achar que o povo é besta”.
No início do governo, em 2023, Janja convidou a TV Globo para mostrar os defeitos encontrados nos móveis da residência oficial da Presidência da República. Na época, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o antecessor, Jair Bolsonaro (PL), havia levado parte dos itens do local para a própria casa dele.
Entretanto, em março deste ano, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) informou que os móveis foram encontrados em “diversas dependências diferentes” da Presidência, incluindo o próprio Palácio da Alvorada.
Após a revelação feita pela pasta, Michelle disse, em comunicado, que as acusações de Lula e Janja serviram como “cortina de fumaça” para que a atual primeira-dama pudesse comprar novos móveis sem licitação.
Em 2023, o Planalto comprou 11 móveis, avaliados em R$ 379 mil, sem licitação, sob a justificativa de que se tratava de um caso de emergência, pois os objetos originais foram danificados ou extraviados. O caso chegou a ir para o Tribunal de Contas da União (TCU) após parlamentares de oposição solicitarem investigação sobre o caso, mas foi arquivado pelo ministro Vital do Rego.
De acordo com o relator, “a urgência se mostra pela necessidade de o líder da nação poder ter ao seu alcance todo o patrimônio de que dispõe a Presidência para seu uso na condição de Presidente da República e para poder promover reuniões estratégicas e receber visitas de chefes de estado, por exemplo”. O magistrado acatou a tese do governo de que as compras não poderiam esperar os processos licitatórios.
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