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A primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, disse que os “limites da desumanidade” foram extrapolados no ataque atribuído a Israel pelos terroristas do Hamas que teria resultado na morte de 45 pessoas em Rafah, onde há uma “zona humanitária”, no sul da Faixa de Gaza.
“Tenho acompanhado as últimas notícias de Rafah, na Faixa de Gaza, e sinto dificuldade em expressar o horror do massacre de civis que estão, há meses, buscando refúgio em zonas seguras para se protegerem do conflito entre Israel e Hamas. O ataque ao campo de refugiados palestinos que ocorreu ontem e deixou 45 mortos e mais de 200 feridos é uma crueldade sem tamanho. Muitas crianças e idosos morreram ou estão com graves queimaduras, além de milhares de pessoas em desespero e terror assistindo tendas queimarem no último refúgio para os deslocados pelo conflito. Os limites da desumanidade foram todos extrapolados”, disse a primeira-dama em publicação na rede social X, nesta terça-feira (28).
Depois de sugerir que há um limite para o cometimento de ações desumanas, a primeira-dama pediu um “cessar-fogo imediato” e criticou Israel pela ofensiva na região.
Na terça, as Forças de Defesa de Israel (FDI) negaram ter responsabilidade sobre as mortes em Rafah. Bairros como Tal al Sultan e Al Mawasi teriam sido os alvos dos bombardeios.
“Nossas munições sozinhas não poderiam ter provocado um incêndio desse tamanho. Nossa investigação busca determinar o que pode ter causado um incêndio tão grande”, disse o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, em um comunicado.
As informações sobre os bombardeios e as mortes foram divulgadas pelo governo de Gaza, que é controlado pelo Hamas.
Israel deu início à operação militar em Rafah no dia 6 de maio com o objetivo de eliminar terroristas que atuam no local.
No domingo (26), um dia antes do evento em Rafah, o Hamas voltou a lançar mísseis contra Israel. Foi o primeiro ataque aéreo realizado pela milícia terrorista palestina desde o final de janeiro.
Segundo os militares israelenses, os disparos partiram de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e vários foguetes foram interceptados.
Na sexta-feira (24), a Corte Internacional de Justiça (CIJ), tribunal máximo das Nações Unidas, ordenou a interrupção imediata das operações de Israel em Rafah.