A primeira-dama Janja Lula da Silva deve participar ativamente da campanha eleitoral às prefeituras neste ano para apoiar candidatas mulheres do PT. A participação dela faz parte da estratégia do partido de conquistar o maior número possível de cidades para pavimentar o caminho para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026, como já adiantou em uma diretriz no ano passado.
Até o momento, o PT terá candidaturas femininas em capitais como Porto Alegre, Goiânia, Campo Grande, Natal e Aracaju. Em outras, como apoiador, Janja deve participar com o presidente.
Janja, no entanto, terá autonomia para decidir quais candidatas pretende apoiar, principalmente por conta da repercussão que pode gerar. Ela é alvo constante de ataques nas redes sociais.
De acordo com Anne Moura, secretária nacional de Mulheres do PT, a primeira-dama irá “aonde se sentir bem”.
“Não é uma situação confortável, mas a escolha será dela, ir aonde se sentir bem. Ninguém se acostuma com isso (ataques) e precisamos enfrentar, denunciar e ser solidárias”, disse em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta terça (30).
Em meados de junho, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, confirmou a intenção de ter Janja apoiando candidaturas femininas da legenda. Ela disse que “queremos a participação da Janja nesse processo eleitoral em apoio às nossas candidatas, nessas eleições vamos priorizar ainda mais a presença das mulheres na disputa”.
Entre as capitais com candidatas femininas, o partido terá a deputada Maria do Rosário em Porto Alegre com potencial de ir ao segundo turno contra o atual prefeito Sebastião Melo (MDB), que vai para a campanha desgastado pelas enchentes que deixaram a cidade debaixo d’água em maio.
Em meados de março, Rosário fez um afago em Janja afirmando que ela “reforça o compromisso do governo e do próprio presidente Lula no combate à violência contra as mulheres”.
Naquele mesmo mês, a deputada Camila Jara (PT-MS) se encontrou com Janja e disse que “compartilhamos as felicidades de progredir tanto com um governo que se importa – de verdade – com as mulheres)”. Ela será a candidata do partido à prefeitura de Campo Grande em uma dispura apertada com Beto Pereira (PSDB).
Desde o começo deste terceiro governo, Lula vem dando carta branca à primeira-dama, sempre reforçando que ela é uma “agente política” em meio ao que era atribuído normalmente às esposas dos presidentes.
“Ela era uma agente política antes de eu a conhecer, continua sendo, por isso que eu falo que ‘você faça o que você quiser’, cada um de nós sabe as nossas tarefas, nossas missões. Ela não precisa de cargo para ser importante, para fazer o trabalho que ela quiser fazer, se quiser visitar alguém, um estado”, afirmou o presidente no final do ano passado.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF