A primeira-dama do Brasil, Rosângela Lula da Silva, a Janja| Foto: Enrique Garcia Medina/EFE
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A primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, reclamou das críticas ao seu protagonismo e revelou o desejo de ter um gabinete próprio no Palácio do Planalto. Apesar da influência sobre o presidente, que tem sido criticada até por aliados, Janja ainda não conseguiu um gabinete de onde possa despachar formalmente.

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“Falam muito de eu não ter um gabinete, mas precisamos recolocar essa questão. Nos EUA, a primeira-dama tem. Tem também agenda, protagonismo, e ninguém questiona. Por que se questiona no Brasil? Vou continuar fazendo o que acho correto. Sei os limites. Eu quero saber das discussões, me informar, não quero ouvir de terceiros”, disse Janja durante entrevista concedida ao jornal O Globo, neste domingo (5).

A primeira-dama também reclamou da falta de mulheres no governo, mas considerou normal a demissão de ministras. Com menos de um ano de governo, Lula já demitiu as ministras do Turismo, Daniela Carneiro, e do Esporte, Ana Moser.

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Recentemente, a presidente da Caixa também foi substituída por um homem para acomodar um aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em troca de apoio.

“Já nos recusamos a sair na foto como cota. Na transição, falamos de mais mulheres nos ministérios. Isso de alguma forma foi atendido. Passamos (ela e Lula) os fins de semana a sós e conversamos muito. Às vezes, a gente tem umas discussões um pouco mais assim… fortes. Mas é isso. Tivemos duas perdas (de mulheres) no governo”, afirmou Janja.

Durante a entrevista, a primeira-dama também fez um ensaio fotográfico com diferentes looks assinados por estilistas brasileiros e demonstrou sua preocupação com os animais de estimação, inclusive durante os atos do 8 de janeiro.

“O meu desespero era porque as cachorras estavam no hotel. Liguei para lá e disse: ‘Saiam daí com as cachorras’. Tinha muito medo do que poderia acontecer com elas”, afirmou. Janja também manifestou angústia com a situação dos pets na guerra de Israel contra o Hamas, no Oriente Médio.

A primeira-dama contou que questionou Lula sobre a busca dos animais afetados pela guerra. “Ele falou com o comandante da FAB (Força Aérea Brasileira), e no dia seguinte já estavam os pets no avião. Mas acho que já estavam olhando para isso”, disse.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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