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A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, foi convidada nesta sexta-feira (10) pela primeira-dama da Turquia, Emine Erdoğan, para participar da manifestação “Unidos pela Paz na Palestina”. O evento, que reunirá cônjuges de chefes de Estado, está marcado para o próximo dia 15 e será realizado na Turquia. Nas redes sociais, Janja disse que não comparecerá presencialmente, mas enviará um vídeo e elogiou a iniciativa.
"Como disse à Sra. Erdoğan, esta é uma iniciativa inspiradora que nos convoca a unir nossas vozes por Gaza e pela paz. O que estamos vivendo reforça o que tenho falado há meses sobre como as guerras vitimam e afetam gravemente crianças e mulheres. De acordo com a ONU, 70% das vítimas dos conflitos em Gaza são mulheres e crianças", afirmou Janja.
"A crise humanitária se aprofunda e a construção de corredores humanitários e cessar-fogo se tornam ainda mais urgentes, esta é uma oportunidade para reforçarmos e apoiarmos os esforços de nossos países na ONU. Civis devem ser protegidos como exigem as leis internacionais que foram construídas a partir do aprendizado histórico que acumulamos como humanidade", acrescentou.
A guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas começou no dia 7 de outubro, após o Hamas realizar ataques terroristas ao território israelense. Desde o início do conflito, brasileiros que estão na Faixa de Gaza aguardam a repatriação. Nesta sexta (10), um grupo de 34 brasileiros e parentes foram incluídos na lista de estrangeiros autorizados a deixar Gaza e seguir em direção ao Egito.
No entanto, o posto de controle foi totalmente fechado pelo governo egípcio e não há prazo para a saída dos cidadãos nesta sexta. “Comentei também sobre a nossa ansiedade pela liberação dos brasileiros que seguem aguardando na passagem de Rafah e frisei que, mesmo após o retorno deles, nosso empenho por pausas humanitárias e cessar-fogo seguirá”, disse Janja sobre a conversa com a primeira-dama turca.
A primeira-dama compartilhou um trecho da ligação com Emine Erdoğan. Na conversa, Janja afirmou que tem “falado bastante sobre a questão da participação das esposas de líderes mundiais em temas que são importantes para o mundo” e que o “tema da paz é fundamental”. No final de semana, ela reclamou das críticas ao seu protagonismo no governo Lula e revelou o desejo de ter um gabinete próprio no Palácio do Planalto.
“Falam muito de eu não ter um gabinete, mas precisamos recolocar essa questão. Nos EUA, a primeira-dama tem. Tem também agenda, protagonismo, e ninguém questiona. Por que se questiona no Brasil? Vou continuar fazendo o que acho correto. Sei os limites. Eu quero saber das discussões, me informar, não quero ouvir de terceiros”, disse Janja em entrevista ao jornal O Globo, no domingo (5).