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Sucessão presidencial

Jean Wyllys diz que PT precisa “largar o osso” de Lula e apoiar Tebet em 2026

Jean Wyllys
Ex-deputado defende que PT vá para a "retaguarda" da sucessão presidencial e apoie Simone Tebet ao Planalto. (Foto: Alex Ferreira/Câmara)

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O ex-deputado federal Jean Wyllys sugeriu que o PT, partido do qual é filiado desde 2021, abandone o protagonismo nas eleições presidenciais de 2026 para apoiar a ministra Simone Tebet (MDB), do Planejamento, como candidata à presidência. Ele argumenta que a legenda deveria “se tornar coadjuvante” e apostar nela como cabeça de chapa.

Simone Tebet disputou a presidência em 2022 e recebeu 4,9 milhões de votos no primeiro turno. Em um acerto entre o MDB e o PT, passou para o lado de Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno em troca de um ministério e a incorporação de parte de seu plano de governo.

Wyllys avalia que o atual governo Lula é de centro-direita e precisa de uma figura que dialogue com diversos setores da sociedade, como Tebet. Ele também sugeriu que o ministro dos Direitos Humanos, Silvio de Almeida, seja o vice na chapa. “Eu acho que o Lula não deveria se candidatar em 2026, já deu”, disse em entrevista ao podcast Futeboteco.

“É difícil eu dizer isso, até porque eu vou ser xingado. O lulismo é uma coisa muito doida e às vezes não é muito crítico. Eu acho que Lula pode ser cabo eleitoral”, disse já se antecipando às críticas do próprio partido.

Jean Wyllys admite que sua sugestão dificilmente será aceita pelo PT e por Lula, mas que a legenda precisa largar o osso. “E o PT não é um partido que larga o osso, lamentavelmente. E Lula tem sua vaidade. Porque Lula é maravilhoso, eu amo o Lula, amo, mas Lula é vaidoso. Lula não gosta de outras lideranças perto dele. Ele tem a vaidade de ser o super leão que está aqui”, declarou.

O ex-deputado vai além nas críticas ao PT, dizendo que o partido fica preso ao “lulismo” e que “”precisa entender que Lula não é eterno”. Para ele, o presidente já cedeu muito do que deveria e que está fazendo um governo de centro-direita comparável ao século 19.

Para ele, ministros como Anielle Franco (Igualdade Racial), Silvio de Almeida e Sonia Guajajara (Povos Indígenas) estão mais como símbolos de modernidade do que como agentes de política real. “Na verdade, eles não têm um papel na real política. Atuam dentro desses limites que elas podem atuar, que é mais simbólico discursivo mesmo”, avaliou.

Por outro lado, embora classifique o atual governo como centro-direita, Jean Wyllys diz que não é possível comparar a Jair Bolsonaro (PL), que ele classificou como “fundo do poço”. “Comparado com o governo Bolsonaro, o governo Lula é um paraíso”, afirmou.

“Lula é um estadista respeitado no mundo inteiro e tem feito alianças internacionais importantes para proteger a nossa economia, para proteger nossa soberania. Lula está em consonância com uma nova ordem mundial que está nascendo e que tem a ver com a decadência do império americano”, completou.

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