Após a confirmação de que o candidato democrata Joe Biden alcançou os votos necessários para ser declarado presidente dos Estados Unidos, diversos políticos brasileiros comentaram o resultado da eleição americana, sobretudo com manifestações nas redes sociais. O primeiro a se manifestar foi o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que optou por reforçar “os laços de amizade e cooperação entre as duas nações”.
Quem seguiu por essa linha foi o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Além de felicitar o candidato democrata, enviou uma carta oficial do governo paulista convidando Joe Biden a visitar o estado e estreitar os laços entre as sociedades. A carta destaca que São Paulo é o maior parceiro comercial dos EUA e grande produtor de suco de laranja e açúcar, produtos muito exportados para os americanos.
O texto também destaca a adoção de políticas de mercado orientadas, com ênfase na proteção ambiental – zero desmatamento, preservação da Mata Atlântica e cumprimento do Acordo de Paris. A agenda ambiental é importante para Biden, o que motivou críticas ao Brasil.
Reação dos governadores à eleição de Biden
"Ao que tudo indica, Joe Biden será o próximo presidente dos EUA. Parabenizo o novo presidente e desejo um caminho de parcimônia, diálogo, tolerância e perseverança!", afirmou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema.
Para o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, a vitória de Joe Biden nos EUA é uma derrota do que chamou de "politicamente incorreto". "Um sinal de que a maioria dos americanos estão preocupados com o fortalecimento das instituições democráticas, meio ambiente, direitos humanos e cultura de paz. Um bom sinal para a política mundial", considerou no Twitter.
Já o governador do Maranhão, Flávio Dino, disse estar "muito feliz" com a derrota de Donald Trump. "Com ele, caem os que fazem apologia à violência, os que negam as mudanças climáticas, os irresponsáveis no combate ao coronavírus, os defensores do racismo. Ou seja, Bolsonaro está ainda mais isolado nas suas absurdas posições", afirmou.
"Começa pelos Estados Unidos o reconhecimento de que a aventura em que o mundo entrou há alguns atrás, elegendo candidatos de extrema direita, precisa ser revista em função dos resultados nulos ou negativos apresentados", comentou o governador da Paraíba, João Azevêdo.
Até mesmo o governador afastado – por um processo de impeachment – no Rio de Janeiro, Wilson Witzel, foi ao Twitter comentar o resultado da eleição norte-americana. "A vitória de Joe Biden representa o fim do extremismo nos EUA, país que tem forte poder de influência sobre as democracias do mundo. Que os ventos do fim do extremismo cheguem ao Brasil também", afirmou.
Senadores parabenizam Biden
Os senadores brasileiros comentaram o resultado da eleição americana no Twitter. "Que a vitória de Joe Biden marque o início de um tempo de mais tolerância, de menos ódio e radicalismo mundo afora. E que nossos laços com os EUA tenham como único compromisso os interesses do Brasil e dos brasileiros", afirmou o senador Eduardo Braga (MDB-AM).
O senador Fernando Collor (PROS-AL) parabenizou Joe Biden e a vice Kamala Harris, com votos por uma gestão de "êxito e conciliação". "Brasil e EUA são as duas maiores democracias das Américas. Estou confiante que o presidente Jair Bolsonaro vai aprofundar nossa relação bilateral, em benefício dos nossos povos e região", completou.
O senador José Serra (PSDB-SP) considerou que o Brasil deve reiterar sua tradição de "cooperação independente" com o futuro governo Biden. "A vitória de Joe Biden traz alívio para um mundo submetido à dupla ameaça da pandemia e da competição hegemônica. Seu compromisso com a democracia, com instituições e acordos internacionais, será bem-vindo por aliados e adversários", avaliou.
Para o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), a vitória de Biden "renova esperanças em um mundo com mais diálogo entre os diferentes e na retomada do multilateralismo, da defesa dos Direitos Humanos e de uma agenda ambiental ambiciosa".
Já o senador Humberto Costa (PT-PE) também comemorou especificamente a derrota do candidato republicano, Donald Trump aliado ideológico do presidente Jair Bolsonaro. "O Brasil precisa voltar a ter uma relação com os EUA pautada em um debate político elevado, de ideias e, sobretudo, que respeite os ideais de civilização, algo impossível de se ter com duas figuras como Trump e Bolsonaro", disse Costa.
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