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Cotado para vaga no STF

Jorge Messias diz que órgão da AGU investiga rede “profissional” na disseminação de fake news

O advogado-geral da União, Jorge Messias. (Foto: José Cruz/Agência Brasil.)

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O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, afirmou que a Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD) investiga uma rede de “atuação profissional na disseminação de fake news”. O PNDD é vinculado à AGU e foi criado em janeiro deste ano.

“Há um conjunto de atores que estão sendo investigados. Não é um, é uma rede. Quando a gente fala da atuação da AGU, a gente não está falando de alvo predeterminado. A gente trabalha a partir de toda uma rede, em que a gente identifica um padrão e uma atuação profissional na disseminação de fake news. Não é uma questão episódica, não é um compartilhamento esporádico”, disse Messias em entrevista concedida ao Estadão na última sexta-feira (15) e divulgada neste domingo (17).

O órgão foi utilizado para apurar declarações do jornalista Alexandre Garcia sobre a tragédia provocada por um ciclone extratropical do Rio Grande do Sul. Após ser notificado pela AGU, Garcia precisou ler uma retratação ao vivo no YouTube sobre o episódio.

O ministro-chefe da AGU também determinou a criação de uma força-tarefa para cumprir as determinações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli no âmbito da decisão que anulou as provas obtidas no acordo de leniência feito pela Odebrecht na Lava Jato. A AGU irá investigar autoridades envolvidas no caso. Messias é um dos favoritos para ocupar a vaga da ministra do STF Rosa Weber. A magistrada irá se aposentar no início de outubro.

Segundo ele, o órgão ainda está “finalizando o formato do grupo de trabalho dessa comissão, que, na verdade, é um conjunto de servidores de carreira” da AGU. “A gente não pode se precipitar. Vamos estudar o processo, a decisão judicial. A partir desse estudo vamos avaliar exatamente quais são as medidas que serão tomadas. Repito: não haverá nenhuma precipitação. A AGU é muito ciosa das suas competências”, afirmou.

Messias ressaltou ainda que “não haverá invasão de competência de qualquer outro órgão ou de qualquer prerrogativa de outras instituições, principalmente do Judiciário e do Ministério Público”.

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