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Ato de apoio a Bolsonaro

Jornalista português detido no aeroporto foi questionado sobre vacinas e ditadura do Judiciário

O jornalista Sérgio tavares entrevistou Jair Bolosnaro em seu canal do YouTube (Foto: Reprodução/YouTube)

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O jornalista português Sérgio Tavares, que ficou detido temporariamente no Aeroporto de Guarulhos na manhã deste domingo (25), se mostrou indignado com a atitude de Policia Federal. Tavares veio ao Brasil para participar da manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo e teve seu passaporte apreendido pela PF.

"Foi uma loucura. Qual a justificativa de um cidadão europeu, português que veio aqui para mostrar a democracia ficar por quatro horas sendo questionado sobre Flávio Dino, sobre Alexandre de Moraes, sobre vacinas, sobre a ditadura do Judiciário?", questionou em entrevista à colunista Cristina Graeml da Gazeta do Povo, durante a manifestação.

Segundo o jornalista, o episódio demonstra a preocupação das autoridades com que o mundo saiba "o que está a passar neste país". "E garanto que o mundo vai saber. Não vou dizer aqui, mas vou dizer quando chegar lá. Por que lá eu tenho liberdade de expressão," afirmou.

O assunto ganhou repercussão internacional. O jornalista de esquerda norte-americano Glen Greenwald relatou, no seu perfil no X (antigo Twitter) a detenção de Tavares, informando que o português havia entrevistado Bolsonaro há poucos dias. O ex-presidente fez críticas à falta de liberdade de expressão no Brasil durante a entrevista.

Na Avenida Paulista, Tavares disse não ter dúvidas de que a atitude terá consequências. "Vou dizer nome por nome, palavra por palavra. Acabou-se a impunidade. E todos serão punidos, nem que seja daqui a dez anos, vinte ou trinta anos. Ou nem que seja por julgamento divino", completou.

"Eu vou garantir que a Europa e o mundo vão saber a verdade sobre o Brasil. O mundo vai saber que vocês precisam de liberdade", discursou Tavares.

Em Portugal, o partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) pediu a intervenção imediata do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e da Embaixada de Portugal no Brasil contra o que considerou uma “perseguição fascista de uma extrema-esquerda que apoia o presidente Lula”.

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