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Ato na Avenida Paulista

Jornalista português que veio para manifestação afirma que foi retido pela PF em aeroporto

(Foto: Reprodução/YouTube)

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O jornalista português Sérgio Tavares publicou um vídeo em suas redes sociais na manhã deste domingo (25) afirmando que foi retido pela Polícia Federal quando chegou ao Brasil para cobrir o ato político convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em São Paulo. Segundo Tavares, seu passaporte foi retido pela Polícia Federal (PF) no desembarque no aeroporto de Guarulhos. Ele foi liberado cerca de três horas e meia depois.

No vídeo, o jornalista alega que outros passageiros de voos internacionais tiveram autorização para entrar no Brasil. Ele, porém, teria sido retido pela PF para responder a questionamentos. De acordo com Tavares, a embaixada portuguesa teria feito contato com a delegacia da Polícia Federal por volta das 9h40.

“Eu vim apenas tirar imagens do evento do Bolsonaro para mostrar ao mundo esta grande manifestação pela democracia que vai se passar hoje. Mas neste momento estou detido junto à Polícia Federal e não tenho autorização para passar”, disse o jornalista.

Em uma postagem anterior, Tavares disse que estava vindo ao Brasil para o que chamou de “missão dupla”. Além da cobertura da manifestação em São Paulo, que classificou como “um gigantesco grito de revolta do povo brasileiro contra a ditadura em que o país mergulhou”, o jornalista apontou que também iria a Brasília na segunda-feira (26) para participar de uma audiência no Senado “para denunciar ao mundo a atrocidade da vacinação obrigatória contra covid em bebês e crianças”.

O jornalista entrevistou Bolsonaro em uma live transmitida em seu canal no último dia 3 de fevereiro. Na ocasião, o ex-presidente afirmou que o Brasil vive em uma ditadura e que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) persegue parlamentares conservadores. “Estamos vivendo sim uma ditadura aqui onde todos têm medo de usar o telefone celular e trocar informações na rede de WhatsApp”, disse Bolsonaro.

“Estou aqui sem saber o que fazer. Dizem que querem me questionar. Quero deixar esse alerta a todos, que não tenho neste momento autorização enquanto cidadão português para entrar no Brasil. Espero que meus direitos sejam cumpridos e que não me façam passar por anda injusto, nada que eu não mereça”, concluiu Tavares, no vídeo postado em seu perfil no X.

Jornalista permanece em silêncio durante questionamentos e é liberado duas horas e meia depois

Cerca de três horas e meia depois de anunciar que havia sido retido, o jornalista confirmou ter sido liberado pela Polícia Federal. Sob orientação de um advogado, Tavares disse que permaneceu calado na delegacia durante o período em que esteve sob detenção da PF.

"Perguntaram, especificamente, sobre [o ministro do STF] Alexandre de Moraes, [o ex-ministro da Justiça] Flávio Dino], vacinas, 8 de janeiro, tudo. Um português que vem simplesmente cobrir uma manifestação de apoio a Jair Bolsonaro é sujeito a isto tudo", afirmou.

A reportagem prossegue tentando contato com a Polícia Federal. Mais informações em breve.

Atualização

Depois de permanecer em silêncio durante os questionamentos feitos pela Polícia Federal, o jornalista Sérgio Tavares foi liberado no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Atualizado em 25/02/2024 às 14:11

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