José Dirceu avalia se candidatar à Câmara dos Deputados em 2026.| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado.
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O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu afirmou que deve decidir sobre sua possível candidatura em 2026 após consultar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a direção do PT. A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou nesta terça-feira (21) a condenação do ex-ministro por corrupção passiva no âmbito da Lava Jato.

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A decisão aproxima Dirceu de recuperar os direitos políticos. No entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ainda analisa um recurso contra outra condenação imposta pela Lava Jato ao ex-ministro. As condenações impedem o petista de disputar as eleições, de acordo com a lei da Ficha Limpa. José Dirceu avalia se candidatar à Câmara dos Deputados.

"A decisão [sobre candidatura] será tomada no segundo semestre de 2025. Porque eleição é só em 2026. Não tenho pressa. Quero ajudar nas eleições municipais. Ano que vem quero ajudar na renovação do PT. E no segundo semestre de 2025 tomarei decisão sobre concorrer", afirmou o ex-ministro em entrevista ao jornal O Globo.

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"Vou consultar o presidente Lula e direção do PT, não posso tirar da minha cabeça que sou candidato. Tenho dito que até por justiça eu mereço voltar para Câmara dos Deputados, mas quem vai decidir isso é o povo de São Paulo", acrescentou.

Em 2005, Dirceu teve o mandato cassado pelo plenário da Câmara dos Deputados durante a investigação do mensalão. Nesta tarde, a Segunda Turma analisou um recurso contra uma sentença fixada pela 13ª Vara Federal de Curitiba, em 2017.

A Lava Jato acusou Dirceu pelo suposto recebimento de propina em um contrato firmado entre a Petrobras e a empresa Apolo Tubulars, em 2009.

A maioria dos ministros acatou a tese de defesa e considerou que a consumação do crime ocorreu quando o contrato foi assinado. Além disso, ele tinha mais de 70 anos na data da condenação, assim, o prazo para prescrição é reduzido pela metade. Com isso, a Segunda Turma declarou extinta a punibilidade em relação ao crime de corrupção passiva.

O relator, Edson Fachin, e a ministra Cármen Lúcia votaram pela manutenção da pena. Já Ricardo Lewandowski, que se aposentou da Corte e hoje é ministro da Justiça, Nunes Marques e Gilmar Mendes votaram para extinguir a condenação.

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