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O ex-ministro e ex-deputado federal José Dirceu, petista histórico que passou quase dois anos preso por envolvimento no esquema do Mensalão, afirmou nesta segunda-feira (22) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de "centro-direita, e não de esquerda". A afirmação ocorreu no “Seminário Brasil Hoje – Diálogos para pensar o país de agora”, realizado pela Esfera Brasil em São Paulo.
“Lula montou um governo que não é de centro-esquerda, é um governo de centro-direita. Eu falo isso e todo mundo fica indignado dentro do PT. Essa é a exigência do momento histórico e político que nós vivemos”, disse o ex-ministro de Lula, reafirmando que o programa do governo Lula “não é de esquerda”.
Porém, a assessoria do ex-ministro tentou consertar a declaração, após a fala no evento, e informou à imprensa que ele avalia o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um “governo de centro-esquerda, apoiado por partidos de direita” e não como um governo de centro-direita, como dito anteriormente.
Em relação ao possível retorno ao Congresso, Dirceu declarou que deve tomar uma decisão no 2º semestre de 2025. “Em 2025, no segundo semestre, vou tomar uma decisão se me candidato a um cargo eletivo. Até por justiça, creio que mereça voltar à Câmara”, declarou.
Para o petista, o retorno à política é uma "questão de justiça". "Fui cassado sem nenhuma prova, sem ter cometido nenhum crime, fui cassado para me tirar da vida política e institucional do país”, disse Dirceu.
Durante o evento, Dirceu também saiu em defesa do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Segundo ele, o problema envolvendo os conflitos entre Padilha e o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) são causados pelo momento político e orçamentário do país.
“Ele não só é (um bom articulador), como começou lá atrás comigo na Casa Civil. Já foi ministro da Saúde. Ele tem competência e capacidade para o cargo que ocupa. As dificuldades são inerentes ao cargo e ao momento político e orçamentário que estamos vivendo, e à disputa política que também faz parte da democracia”, defendeu.
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