O coordenador da Frente Nacional de Luta, José Rainha, negou nesta manhã, durante depoimento na CPI do MST que tenha alguém financiando as invasões de terra no país. Questionado por diversos parlamentares sobre quem paga ou mantém a Frente, que atua segundo ele em 11 estados brasileiros e no Distrito Federal, disse que a FNL vive de doações e solidariedade, e não tem um caixa que registre o movimento.
A afirmação de Rainha é duvidosa. Críticos afirmam que é necessário empregar grande volume de recursos financeiros para mobilizar, organizar, oferecer transporte e alimentação para os invasores de terras.
A sessão teve momentos de tensão entre parlamentares governistas e da oposição e foi marcada por bate-bocas em muitos momentos, com oferecimento até de hambúrguer e remédios para deputadas de esquerda numa troca de ironias entre deputados.
Rainha também admitiu que mantém “relações diplomáticas” com diversos parlamentares, simpatizantes com a causa da reforma agrária, e negou que a frente sorteie ou interfira na distribuição de lotes em assentamentos fruto das invasões.
José Rainha estava acompanhado por advogados e protegido por habeas corpus para não tratar de caso que envolva inquérito em tramitação na Justiça, e preferiu se manter em silêncio em diversas oportunidades em que foi perguntado sobre tentativas de extorsão em áreas invadidas no Pontal do Paranapanema.
Por várias vezes José Rainha disse que não é um “criminoso”, quando foi perguntado por diversos deputados quantas vezes já foi preso, ou o total de inquéritos a que responde atualmente.
Rainha também disse que “desconhece” que alguns assentamentos cobrem por cestas básicas para alimentar as pessoas que vivem nos locais, e que não tem rendimento fixo na Frente Nacional de Luta, além de afirmar que é isento do Imposto de Renda, o que motivou um pedido para que sua declaração seja enviada à Comissão Parlamentar de Inquérito.
Rainha diz que teve encontro com ministro Paulo Teixeira para tratar de reforma agrária
José Rainha também afirmou à CPI do MST que teve um encontro com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, para discutir as previsões para a reforma agrária no Brasil.
Questionado durante o depoimento desta terça-feira (3) pelos parlamentares, Rainha confirmou a reunião, mas em seguida desconversou e disse que foi uma conversa “informal”. “Fui fazer uma visita a um amigo”, afirmou.
Por isso, o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) apresentou requerimento de informação para que o ministério explique o que realmente ocorreu, o que foi tratado e quem participou do encontro.
Segundo ele, a reunião não constava da agenda oficial do ministério, apesar de Rainha ter informado que o encontro ocorreu no gabinete de Teixeira, na Esplanada dos Ministérios. A pasta tem 30 dias para responder o requerimento.
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