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Justiça Federal

Juiz absolve ex-presidente Temer, Cunha e Geddel no caso do “Quadrilhão do MDB” na Câmara

Michel Temer quadrilhão MDB
Ex-presidente Michel Temer foi acusado de ser o líder do chamado Quadrilhão do MDB na Câmara dos Deputados. (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

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A Justiça Federal de Brasília decidiu absolver o ex-presidente Michel Temer (MDB), o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o ex-ministro Geddel Vieira Lima e os outros dez réus no processo aberto a partir das investigações do chamado "Quadrilhão" do antigo PMDB na Câmara. Eles eram acusados por suposta organização criminosa.

A decisão é do juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, que recebeu o processo depois que Temer deixou a Presidência da República e perdeu o foro especial. Na avaliação do magistrado, não há provas de associação entre os políticos que corroborem a narrativa construída pela denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em 2017.

"A denúncia apresentada, em verdade, traduz tentativa de criminalizar a atividade política. Adota determinada suposição — a da existência de 'organização criminosa' que perdurou entre 'meados de 2006 até os dias atuais' — apresentando-a como sendo a 'verdade dos fatos', sequer se dando ao trabalho de apontar os elementos essenciais à caracterização do crime de organização criminosa", descreve Reis Bastos.

"A imputação a dirigentes de partidos políticos do delito de organização criminosa sem os elementos do tipo objetivo e subjetivo, provoca efeitos nocivos à democracia, entre os quais pode se mencionar a grave crise de credibilidade e de legitimação do poder político como um todo", prosseguiu o juiz.

Também foram absolvidos os ex-deputados Henrique Eduardo Alves e Rodrigo da Rocha Loures, os ex-ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, o coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo e amigo pessoal do ex-presidente, João Baptista Lima Filho, o empresário José Yunes e o corretor Lúcio Funaro, além de Sidney Noberto Szabo e Altair Alves Pinto.

Denúncia apontou Temer como líder de organização criminosa

A denúncia havia sido apresentada pelo então procurador-geral da República Rodrigo Janot. Temer foi acusado de liderar uma organização criminosa composta por deputados e outros apoiadores que teria atuado em diversos órgãos públicos, como Petrobras, Furnas, Caixa Econômica, Ministério da Integração Nacional e Câmara dos Deputados, em troca de propinas.

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