O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, divulgou uma nota em que lamenta o assassinato da magistrada Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, do Tribunal de Justiça do RJ. Na véspera de Natal, a juíza foi morta a facadas pelo ex-marido, Paulo José Arronenzi, na frente de três filhas, duas de 7 e uma de 9 anos. Ele foi preso em flagrante.
"A tragédia da violência contra a mulher, as agressões na presença dos filhos, a impossibilidade de reação e o ataque covarde entraram na nossa casa, na véspera do Natal ", escreveu Fux. “O Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça, por meio do seu Presidente e do Grupo de Trabalho instituído para o enfrentamento da violência doméstica contra a mulher, consternados e enlutados, unem-se à dor da sociedade fluminense e brasileira e à dos familiares”, acrescentou Fux sobre o feminicídio.
O presidente do STF citou ainda a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, também conhecida como Convenção de Belém do Pará, ratificada pelo Brasil em 1995, para reforçar a necessidade de reflexões sobre casos de feminicídio. “O esforço integrado entre os Poderes constituídos e a sensibilização da sociedade civil, no cumprimento das leis e da Constituição da República, com atenção aos tratados internacionais ratificados pelo Brasil, são indispensáveis e urgentes para que uma nova era se inicie e a morte dessa grande juíza, mãe, filha, irmã, amiga, não ocorra em vão”, destacou Fux sobre a juíza morta a facadas.
Viviane Arronenzi já havia sido agredida pelo ex-marido, mas recentemente dispensou escolta colocada à disposição pelo TJ-RJ.
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