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A Justiça Federal autorizou no sábado (21) novos bloqueios dos bens de suspeitos de financiar as manifestações que culminaram nos atos de vandalismo e depredação nas sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília. O valor que era de R$ 6,5 milhões subiu para R$ 18,5 milhões após um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU).
De acordo com a AGU, os valores foram atualizados em razão da inclusão das estimativas dos danos causados ao Palácio do Planalto e ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). O primeiro pedido trazia apenas os valores preliminares com relação à Câmara dos Deputados e ao Senado.
A quantia deverá ser utilizada para ressarcir os cofres públicos pelos prejuízos aos edifícios, no caso de condenação definitiva dos envolvidos. Segundo a AGU, foram calculados prejuízos de R$ 7,9 milhões no Palácio do Planalto, R$ 5,9 milhões no STF, R$ 3,5 milhões no Senado e R$ 1,1 milhão na Câmara dos Deputados.
“Tendo em vista os novos levantamentos efetuados pela Câmara dos Deputados (reduzindo a estimativa inicial), pela Presidência da República e pelo Supremo Tribunal Federal, esses dois últimos até então inéditos, dada a compreensível indeterminação dos prejuízos sofridos, ainda em apuração, impõe-se o seu deferimento [do pedido de bloqueio]”, escreveu na decisão o juiz Francisco Alexandre Ribeiro, 8ª Vara Federal de Brasília.
A decisão atinge o bloqueio de bens e valores de 52 pessoas e sete empresas suspeitas de financiar os atos em Brasília. No despacho, o juiz determina ainda a retirada de três pessoas na lista de suspeitos por não terem relação com o financiamento e fretamento de veículos para as manifestações e inclui o nome de uma nova suspeita de financiar os atos.