A Justiça Federal deu prazo de cinco dias para o governo Lula explicar o interesse em comprar um novo avião presidencial. Um grupo de deputados da oposição apresentou a ação para barrar a compra do novo “Aerolula”. Para os parlamentares, a aquisição representaria um “gravíssimo dano ao erário público, desvio de finalidade e afronta ao princípio da moralidade”.
A decisão foi assinada nesta segunda-feira (18) pelo juiz Marllon Sousa, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal. O Ministério da Defesa entregou ao Palácio do Planalto um estudo feito pela Força Aérea Brasileira (FAB) para atender ao pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O mandatário pretende substituir o avião oficial usado atualmente, o Airbus A319-ACJ, por um mais confortável. Segundo a avaliação da Defesa, a opção mais barata pode custar de US$ 70 milhões a US$ 80 milhões, o equivalente a quase R$ 400 milhões.
A ação foi protocolada pelos deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), André Fernandes (PL-CE), Maurício Marcon (Podemos-RS), Luciano Zucco (Republicanos-RS), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), Evair Vieira (PP-ES), Carlos Jordy (PL-RH) e Marcel Van Hattem (Novo-RS).
Zucco argumentou que o Brasil vive uma séria crise fiscal e não pode se dar ao luxo de gastar o dinheiro do contribuinte com o que classificou como "caprichos do casal Lula e Janja". "Temos inúmeras prioridades na frente. Esses recursos estão faltando para os municípios, programas sociais, infraestrutura, atendimento às vítimas da catástrofe no Rio Grande do Sul", disse o deputado, em nota.
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