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Operação Vigilância Aproximada

Justiça exonera de coordenação delegado da PF investigado no caso Abin

Exoneração do delegado da PF foi publicada pelo Ministério da Justiça. (Foto: Tom Costa / MJSP)

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O Ministério da Justiça e Segurança Pública exonerou nesta sexta-feira (26) o delegado da Polícia Federal Carlos Afonso Gonçalves da função de coordenador de Aviação Operacional da corporação, setor responsável pelas ações aéreas da PF. Segundo informações da Agência Brasil, a exoneração foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo secretário-executivo da pasta, Diego Galdino.

Carlos Afonso foi afastado das funções por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por ter sido alvo da operação que apura o uso ferramentas de geolocalização de celulares e tablets para monitorar políticos, juízes, entre outras pessoas, sem autorização judicial na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O delegado exonerado ocupou um dos cargos de direção na Abin e foi citado nas investigações. De acordo com o inquérito que tramita no Supremo, Carlos Afonso integrava o "núcleo de alta gestão" da agência e atuaria em conjunto com o então diretor-geral Alexandre Ramagem, que também foi alvo da operação.

“As apurações internas, conforme comprovado pela Polícia Federal, realizadas sobre a utilização da solução tecnológica na Abin, teriam sido obstadas por interferência dos “delegados de entonces”, identificados como Alexandre Ramagem Rodrigues (ex-diretor-geral da Abin), e Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho (ex-secretário de Planejamento e Gestão e ex-diretor-adjunto)”, diz a PF em relatório enviado ao STF e divulgado pela CNN Brasil.

A ação da PF contra Ramagem ocorreu na manha desta quinta (25). Trata-se da operação Vigilância Aproximada, um desdobramento da ação Última Milha, desencadeada em outubro do ano passado para apurar o uso de ferramentas de geolocalização de celulares e tablets para monitorar políticos, juízes, entre outras pessoas, sem autorização judicial. Em entrevista à CNN Brasil, o deputado chamou a investigação de "salada de narrativas para assassinato de reputação".

A operação contra o deputado federal está sendo criticada pela oposição por, mais uma vez, mirar um parlamentar atuante no Congresso e que é aliado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, considerou a operação como uma "perseguição por causa do Bolsonaro" e uma "falta de autoridade do Congresso Nacional". O ex-presidente defendeu Ramagem e disse que a operação é "implacável perseguição".

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