• Carregando...
Na última semana, 21 metralhadoras foram furtadas do Arsenal de Guerra do Exército Brasileiro.
A expectativa é de que os acusados sejam indiciados pelos crimes de furto, peculato, receptação e extravio. Também há a possibilidade de prisão| Foto: Divulgação/Exército Brasileiro

A Justiça Militar da União prorrogou o prazo para conclusão do Inquérito Policial Militar (IPM) que apura o furto de metralhadoras do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri, na grande São Paulo, em outubro do ano passado. A decisão foi motivada pela quantidade de provas que ainda não foram analisadas.

De acordo com o G1, a prorrogação do inquérito foi concedida em caráter excepcional, já que o prazo inicial terminou em dezembro do ano passado. Agora, o Exército terá até o dia 17 de janeiro de 2024 para finalizar as investigações.

A expectativa é de que os acusados sejam indiciados pelos crimes de furto, peculato, receptação e extravio. Também há a possibilidade de prisão.

Desde a descoberta do crime, 38 militares foram punidos administrativamente com prisão disciplinar de até 20 dias, de acordo com a patente e com o nível de envolvimento no caso.

Por meio de nota enviada à imprensa, o Exército não informou o número total de militares suspeitos e disse apenas que o inquérito “corre sob sigilo e as informações serão passadas com oportunidade assim que finalizado o processo”.

O "sumiço" das armas foi confirmado à imprensa pelo Comando Militar do Sudeste no dia 13 de outubro do ano passado. A ausência foi notada no dia 10 de outubro durante uma inspeção. Entre as armas desaparecidas estavam 13 são metralhadoras .50 (antiaéreas) e oito de calibre 7,62.

Nas mãos de criminosos, as metralhadoras .50 são usadas para derrubar aeronaves e atacar carros-fortes.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) e o Exército negociaram com um integrante do Comando Vermelho (CV) e com um traficante de armas a devolução das armas furtadas.

A negociação foi revelada em um depoimento do inspetor da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Christiano Gaspar Fernandes. A informação é do jornal Metrópoles, que teve acesso ao depoimento.

Uma parte das armas foi recuperada no dia 19 de outubro pela PCRJ. Nenhum criminoso foi preso. Outras duas metralhadoras foram recuperadas no dia 2 de novembro e, novamente, nenhum criminoso foi preso.

Na época, ao falar sobre a apreensão, a polícia disse que estava seguindo o veículo onde foram “encontradas” as armas e monitorando o condutor. Essa versão foi descartada no depoimento do inspetor.

Ao todo, 19 armas foram recuperadas. Oito delas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e outras nove pela Polícia Civil de São Paulo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]