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O Partido dos Trabalhadores (PT) tem enfrentado um "racha" e uma forte pressão da ala da juventude do partido por mais espaço no fundo eleitoral. Em uma carta, divulgada nesta terça-feira (25), a secretária nacional da Juventude do PT fez uma retratação após o grupo ter acusado o partido de "sufocar e impedir a transição geracional interna".
A discussão interna gira em torno de uma redução de 3% para 1% do recurso para financiamento de campanhas que é repassado a grupos específicos e que representam movimentos da juventude, LGBTQIA+, sindical e cultural. O documento foi revelado pela Folha de S. Paulo.
"O recado passado com as repetidas ações da Direção Nacional é o expresso objetivo de sufocar e impedir a transição geracional interna, de impedir que emerjam parlamentares pretos/as, LGBTs, ambientalistas, do campo e das periferias, indígenas e quilombolas", afirma texto assinado pela direção da Juventude do PT.
Após a repercussão do texto da direção, a secretária Nacional da Juventude do PT, Nádia Garcia, afirmou que "tentativas vazias de jogar a Direção da Juventude do PT e seus filiados jovens petistas contra a Direção Nacional do Partido não prosperarão e devem ser combatida", diz. Ela também menciona que não há "qualquer definição" que tenha sido deliberado o percentual e distribuição de recursos do fundo eleitoral.
Ao todo, o PT deve receber cerca de R$ 604 milhões dos R$ 4,96 bilhões sancionados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A distribuição desse valores entre os grupos do partido deve ser discutida pela Direção Nacional. A ala da juventude reforçou que espera ser contemplada na distribuição da verba.
A confusão da direção nacional com a ala da juventude vem sendo apontada como um confronto interno do PT, além de ser também uma dificuldade do governo de se aproximar desse público.