Presidente do PSD afirma, ainda, que não vê boa vontade do Judiciário de mudar decisão contra Bolsonaro.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que lamenta que um ex-presidente da República como Jair Bolsonaro (PL) tenha sido condenado à inelegibilidade e vê como difícil que o Judiciário mude a decisão. O partido integra a base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com ministros como Carlos Fávaro (Agricultura) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), mas flerta com a direita para fazer um sucessor em 2026.

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O nome mais cotado é o do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, que ainda não confirmou a intenção de concorrer com Lula, mas dá sinais de que pretende ir além do que apenas o estado.

“Lamento muito que um ex-presidente da República esteja nesta condição. Não é bom para o país, não é bom para a nossa imagem no exterior. Torço para que tudo isso que aconteceu tenha sido um grande equívoco, mas vejo muita pouca vontade do Judiciário de mudar sua decisão”, disse em entrevista à GloboNews na noite de quarta (16).

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Kassab também foi questionado sobre os rumos do PSD no futuro, se continuaria na base aliada de Lula ou um projeto presidencial. Ele afirmou que o partido que “não tem esse projeto, está condenado a ser dissolvido”.

E flertou com Freitas, disputado tanto por ele como pelo PL do próprio Bolsonaro, que tem no governador de São Paulo seu possível sucessor mais forte. Recentemente, o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, chegou a reconhecer essa disputa, mas apontou que não anda com boas relações com Kassab.

“O Tarcísio é a grande renovação da política brasileira, eu tenho nele hoje o melhor quadro da política brasileira. Muito bem preparado, muito inteligente, com capacidade de estruturar a equipe, por onde passou saiu muito bem avaliado, e em governos totalmente diferentes do ponto de vista ideológico”, pontuou.

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Ele ainda emendou com um aceno tanto à direita mais liberal como à esquerda mais social, afirmando que o partido “está se preparando, que tem uma ideia clara de centro, que abraça na economia, o liberalismo”.

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“Mas, vê com muito cuidado a questão social, defende investimentos expressivos no ensino público, na saúde pública, na defesa, na segurança”, completou.

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