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Gilberto Kassab
Aliado de Lula através da presidência do Congresso, Kassab acredita que só “errando muito” Lula perderia reeleição.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, disse nesta segunda (11) que acha “muito difícil” o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não se reeleger em 2026 caso concorra a um quarto mandato. A possibilidade de disputar novamente a próxima eleição presidencial é dada como certa pelo PT e aliados.

Kassab lidera o partido que tem, entre outros integrantes, o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que se aliou recentemente ao governo para encontrar uma solução para a dívida bilionária de Minas Gerais e enfraquecer o governador Romeu Zema (Novo-MG), uma das forças com grande potencial da direita.

“Eu acho muito difícil o Lula perder a reeleição. Vai ter que errar muito. Passado um ano de mandato do presidente, hoje existem embates e divergências, mas há diálogo e as coisas têm avançado na velocidade em que desejamos”, disse Kassab durante um evento promovido pela XP Investimentos, em São Paulo.

O presidente do PSD, avalia que o ambiente político está mais sereno em comparação aos anos anteriores, e que há um cenário de maior “diálogo e harmonia”, contrastando com o ano anterior, caracterizado por tensões e confrontos, segundo ele.

Apesar de acreditar – e apoiar – na reeleição de Lula, Kassab criticou a condução política do governo e defendeu o ministro Fernando Haddad, da Fazenda. Para ele, a postura de Haddad é mais adequada do ponto de vista da austeridade, enquanto alerta que, se prevalecer a posição do presidente, a insegurança quanto ao futuro econômico é iminente.

“Ele [Lula] volta um pouco ao seu discurso de campanha, que criticava a questão do teto de gastos, diferentemente do ministro Haddad, que, na minha visão, tem a postura correta, de austeridade”, disparou.

Por outro lado, Kassab defendeu a necessidade de uma reforma política que limite o número de partidos no Brasil, propondo a proibição das coligações majoritárias. Ele destacou que, ao eliminar essas coligações, os partidos teriam identidade própria, reduzindo a fragmentação partidária.

“[Com o fim das coligações], vamos ter partidos com identidade, que vão ter tempo para se apresentar. Isso vai nos restringir a quatro ou cinco partidos, porque não existem 40 ideologias”, afirmou ressaltando que a medida contribuiria para uma representação política mais clara e coesa no cenário brasileiro.

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