O procurador Carlos Fernando Lima e o auditor da Receita Roberto Leonel querem compartilhar a experiência adquirida na Lava Jato.| Foto: Arquivo Gazeta do Povo
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Ex-integrantes da Lava Jato em Curitiba, o procurador aposentado Carlos Lima e o auditor da Receita Federal aposentado, Roberto Leonel, anunciaram nesta quarta-feira (16) uma parceria com foco na atuação de consultoria em compliance, direito empresarial e governança. Os dois participaram das investigações na força-tarefa no Ministério Público Federal (MPF) e na Receita Federal (RF), respectivamente.

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Leonel chegou a integrar a equipe do ex-ministro da Justiça e ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro, no comando do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que começou a gestão sob guarda-chuva do Ministério da Justiça. Quando o Coaf voltou para o Ministério da Economia, ainda em 2019, Leonel passou a ser “fritado” até acabar demitido.

Lima, por sua vez, foi um dos mais experientes investigadores da Lava Jato no MPF. Ele também fez parte da força-tarefa que investigou o caso Banestado na década de 2000.

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Ele está abrindo um escritório de advocacia em Curitiba com atuação focada na área de compliance e regras de governança, investigações internas e monitoria e acordos de leniência. O procurador aposentado fechou uma parceria com Leonel e os dois vão atuar conjuntamente na nova estrutura.

Segundo Lima, o compliance representa uma forma de estabelecer uma nova identidade das organizações. “Isso acaba se tornando um diferencial dentro do mercado que é extremamente competitivo. A implementação do programa em uma organização vai assegurar a existência de um controle maior nos processos, que serão capazes de mitigar riscos e atuar na verificação de práticas mais transparentes de atuação que é o que a sociedade como um todo espera de todas as empresas”, destaca.

“O compliance é algo que veio para ficar não somente um elemento essencial para o sucesso de uma empresa, mas também como uma ferramenta importante para a preservação de sua imagem e de sua própria existência”, afirma Leonel. “Em tempos de grande operações de combate de lavagem de dinheiro e corrupção, agir de modo ilegal, como vem sendo descoberto, pode significar risco para a manutenção de um negócio”, completa.