A Operação Lava Jato está completando 10 anos desde que teve a primeira fase deflagrada no país, no dia 17 de março de 2014 pela Polícia Federal. Foram 80 fases que representaram um marco na história da Justiça brasileira para combater uma intrincada rede de corrupção que atingiu a Petrobras e outras estatais, políticos e partidos.
O início das investigações se deu a partir de um caso de lavagem de dinheiro em um posto de combustíveis e se desdobrou em um amplo esquema criminoso envolvendo fraude, corrupção e lavagem de dinheiro.
No entanto, após sete anos, os federais realizaram a última fase da operação em fevereiro de 2021 e os últimos resultados foram divulgados em 2022 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), com 29 denúncias apresentadas, 102 acusados e quatro condenações.
A Lava Jato também foi sendo reduzida e desmontada em meio a muitos questionamentos com relação aos métodos utilizados para a coleta de provas e negociação de acordos de delação premiada, que se estendem até os dias de hoje com, por exemplo, a anulação dos dados colhidos na colaboração da antiga empreiteira Odebrecht.
Na sua opinião, a Operação Lava Jato ajudou a reduzir a corrupção no país após 10 anos? Responda na enquete da Gazeta do Povo abaixo:
Entre os casos mais emblemáticos da Lava Jato está a condenação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em primeira instância por corrupção no caso do triplex de Guarujá pelo então juiz Sérgio Moro, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba. A prisão ocorreu em abril de 2018 após condenação em segunda instância.
Após mais de um ano – 580 dias –, Lula foi solto em novembro de 2019, em decorrência de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que revogou a possibilidade de prisão de condenados em segunda instância.
A força-tarefa da Lava Jato, sediada em Curitiba, encerrou suas atividades em fevereiro de 2021, após a publicação de uma portaria da Procuradoria-Geral da República (PGR) em dezembro de 2020. Posteriormente, cinco integrantes passaram a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), dando continuidade aos trabalhos até agosto de 2022.
Em agosto de 2022, o ministro Fachin, relator de casos da Lava Jato no STF, divulgou um balanço das ações da força-tarefa. Os dados revelaram que ao longo da operação, o STF realizou 221 mandados de busca e apreensão, 12 prisões preventivas, duas prisões temporárias, 29 denúncias, envolvendo 102 acusados, resultando em quatro condenações.
Já a força-tarefa do Paraná, que liderou as investigações, realizou 1.450 mandados de busca e apreensão, 132 prisões preventivas, 163 prisões temporárias, 130 denúncias, envolvendo 533 acusados, e resultando em 278 condenações.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF