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Suspensão do X no Brasil

Lewandowski compara caso Moraes e X com situação do TikTok nos EUA

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

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O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, comparou o imbróglio entre a rede social X, do bilionário Elon Musk, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com a atuação dos Estados Unidos sobre o TikTok.

"Esse mesmo braço de ferro que os EUA estão travando com o TikTok nós agora, no STF, Alexandre de Moraes atesta, está travando com o X do Elon Musk, que supostamente estaria a serviço de grupos de extrema direita, interferindo na política interna de muitos países, para divulgar essa ideologia extremista", disse Lewandowski.

A afirmação do ministro aconteceu nesta sexta-feira (20), durante o seminário "Impactos Setoriais da Inteligência Artificial", na Universidade Santo Amaro (Unisa) e coordenado pelo ministro. A proposta do evento era tratar do tema da influência da IA nas áreas sociais e econômicas e das perspectivas de regulação.

A rede social X, o antigo Twitter, está suspensa no Brasil por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A decisão foi tomada após Elon Musk, dono da rede social, não obedecer às determinações da Corte e não ter indicado um representante legal para a empresa no Brasil.

Musk vinha utilizando a plataforma para denunciar "ordens ilegais" de Moraes pedindo pelo bloqueio e censura de perfis na rede social. Ainda, segundo Musk, com ajuda de ex-funcionários da rede social, Moraes também teria interferido nas eleições de 2022.

TikTok nos EUA

Para o ministro Lewandowski, a situação envolvendo Musk e Moraes se assemelha à do TikTok nos Estados Unidos. Recente lei aprovada pelo governo norte-americano pode culminar no banimento da plataforma no país. O presidente dos EUA, Joe Biden, sancionou um projeto de lei que proíbe a plataforma no país em caso se a ByteDance, empresa dona do aplicativo, não se desfizer dele em nove meses.

A lei foi sancionada em abril e a justificativa é que o aplicativo, de origem chinesa, supostamente tem repassado dados recolhidos através da plataforma e repassado para o governo de Xi Jinping. A propriedade da plataforma com a ByteDance é visto como uma ameaça à segurança nacional.

"De forma subliminar, o TikTok vai conquistando os corações e mentes dos jovens através, enfim, mandando mensagens e dominando. E a China tem essa pretensão de dominar o mundo militarmente, economicamente, politicamente, ideologicamente", disse Lewandowski.

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