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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, descartou federalizar o caso da execução do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, morto a tiros de fuzis na saída do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), na última sexta-feira (8).
Ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), Gritzbach estava jurado de morte pela facção por ter, supostamente, mandado matar o traficante Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo, em dezembro de 2021.
Além das mortes de Cara Preta e Sem Sangue, Gritzbach era acusado pela facção de ter desviado R$ 100 milhões da organização. O empresário também tinha um acordo de delação premiada junto ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra membros do PCC.
“Num primeiro momento, não existe nenhuma ideia de federalizar esse caso. Ocorre que um réu fez uma colaboração ao Ministério Público de São Paulo e, portanto, a princípio, a competência é da Polícia Civil paulista de investigar esse caso”, disse o ministro a jornalistas, nesta terça-feira (12).
“Percebeu-se que também houve uma interferência no funcionamento no Aeroporto Internacional de São Paulo, e portanto isso desperta a competência da Polícia Federal, que se colocou à disposição às autoridades de São Paulo e abriu um inquérito paralelo no que diz respeito à sua competência, que é justamente a investigação de questões que interfiram no funcionamento do aeroporto”, completou.
Após descartar a federalização do caso, o ministro da Justiça classificou a execução do delator como um “crime sem precedentes” e disse que o caso merece “uma investigação rigorosa e uma repressão bastante energética”.
Senadores querem ouvir Lewandowski e secretários de SP e RJ sobre crime organizado
Também nesta terça-feira (11), a Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado aprovou um convite para que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e os secretários de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, prestem esclarecimentos sobre as ações de combate ao crime organizado. A audiência pública está marcada para o dia 3 de dezembro.
A iniciativa para chamar Lewandowski partiu do senador Sérgio Moro (União-PR), que apresentou um requerimento após uma série de ações criminosas no Aeroporto Internacional de Guarulhos.