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Lula e Lewandwski
Lewandowski é ministro aposentado do STF e teve a escolha bem recebida pelos demais magistrados.| Foto: Ricardo Stuckert/Secom

A escolha de Ricardo Lewandowski pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar o cargo de Flávio Dino no Ministério da Justiça e Segurança Pública foi recebida com entusiasmo pelos ministros doo Supremo Tribunal Federal (STF).

Lewandowski é ministro aposentado da Corte e já havia sido anunciado por Lula aos demais magistrados de que seria escolhido ao cargo, o que foi bem recebido entre eles. Dias Toffoli foi o primeiro a se pronunciar minutos depois do anúncio oficial, e afirmou que a decisão do presidente foi “muito sábia e feliz”.

“Mais do que talhado para os desafios do cargo, ele é maior que a própria cadeira que irá ocupar, o que é raro. Isso demonstra sua generosidade, humildade e vocação de homem público voltado ao bem comum da sociedade e demonstra o seu amor ao nosso País, ao nosso Brasil. Desejo a ele toda a sorte do mundo, pois, todos os outros atributos ele os tem de sobra”, disse.

Em nota, o ministro Nunes Marques afirmou que a indicação de Lewandowski representa " representa auspiciosa providência em benefício da estabilidade democrática do Estado Brasileiro”, informou o portal Poder360. O magistrado ressaltou que o novo ministro da Justiça “desempenhará, com parcimônia e destreza, função relevante no enfrentamento dos mais sensíveis temas que se apresentam ao poder público”.

O ministro Alexandre de Moraes Lewandowski é uma “pessoa com espírito público incomparável” e desejou sucesso na nova função. “Parabéns ao Ministro Ricardo Lewandowski pelo novo e honroso cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública. Magistrado exemplar, brilhante jurista, professor respeitado e, acima de tudo, uma pessoa com espírito público incomparável e preparada para esse novo desafio”, disse Moraes na rede social X.

O ministro Gilmar Mendes afirmou, também no X, que recebeu “com alegria” a indicação de Lewandowski. Para Mendes, o novo ministro da Justiça “sempre soube enfrentar, com muita coragem, os mais complexos desafios na Corte”. “Coragem essa que também foi vista quando o ministro assumiu a presidência do STF em um dos períodos mais conturbados de nossa história. Eu tenho a plena convicção de que o Ministério da Justiça está em boas mãos. Desejo a ele boa sorte na nova missão”, disse o decano do STF.

Além do ministro do STF, ministros e aliados de Lula também parabenizaram a escolha de Lewandowski para o cargo. De acordo com Lula, o novo ministro assumirá a pasta no dia 1º de fevereiro. Dino assumirá a vaga no STF no dia 22 do mesmo mês.

Na manhã de segunda-feira (8), em meio aos preparativos para a cerimônia que marcou um ano dos atos do dia 8 de janeiro, o presidente Lula chamou Lewandowski para conversar e aumentou as expectativas sobre a confirmação do nome dele para o comando do Ministério.

Recentemente, o ex-ministro do STF também demonstrou proximidade com Movimento Sem-Terra (MST), que é historicamente ligado ao PT e Lula. Em evento promovido pelo MST, no início de dezembro do ano passado, Lewandowski criticou a "democracia liberal burguesa" e chamou o Movimento de "exemplo".

“Quero começar dizendo que muitos me chamaram de excelência, mas quero dizer que excelência é o povo brasileiro. Visitando a Escola do MST [Escola Nacional Florestan Fernandes], percebi do que é capaz o povo organizado. E a escola é um exemplo disso”, afirmou Lewandowski na ocasião.

Indicado por Lula para o STF em 2006, durante o primeiro mandato do petista, Lewandowski deixou o STF em abril do ano passado. Após se aposentar do STF, ex-ministro foi contratado pelos irmãos Joesley e Wesley Batista como consultor jurídico sênior do Grupo J&F.

Em 2017, o grupo J&F assinou acordo de leniência de R$ 11 bilhões com o Ministério Público no âmbito da Operação Lava Jato. Destaca-se que Lewandowski é um crítico da Lava Jato.

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