O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, negou que estivesse recebendo pressão política para prender os dois fugitivos da penitenciária federal de Mossoró (RN) que foram recapturados durante a tarde desta quinta-feira (4), em Marabá, no Pará, após 50 dias da fuga. A dupla faz parte do Comando Vermelho (CV) e teria recebido ajuda de outros integrantes da facção.
“Nós aqui trabalhamos tecnicamente, não recebemos pressões de nenhum lado e, muito menos, pressões políticas. É claro que a interlocução com o Palácio do Planalto e com outras autoridades, inclusive com o Congresso Nacional é sempre muito bem-vinda. Eu, sim, recebi um telefonema do presidente Lula nos dando os parabéns [...] O presidente Lula está muito satisfeito, não com o sucesso do ministro, mas com o sucesso do Estado brasileiro e das forças de segurança do país”, afirmou Lewandowski durante entrevista coletiva concedida nesta quinta.
Ainda, segundo o ministro, os fugitivos receberam ajuda de outros criminosos no processo de fuga e planejavam deixar o país em carros “novos” e “bem equipados”. Também foi apreendido um fuzil que estava em poder de um dos criminosos.
Junto com os dois fugitivos foram presas outras quatro pessoas que estavam auxiliando na fuga. Nas palavras do ministro, “os fugitivos de Mossoró estavam em um comboio do crime”.
“Eles foram encontrados a cerca de 1.600 km do local da fuga, o que demonstra que foram ajudados por criminosos externos, tiveram auxílio de comparsas e organizações criminosas às quais pertenciam. Eles estavam se dirigindo para o exterior”, completou o ministro.
Lewandowski informou ainda que os dois fugitivos serão levados de volta para a penitenciária de Mossoró. O ministro disse que a penitenciária está passando por “aperfeiçoamento” na segurança e descartou qualquer possibilidade de outras fugas.
De acordo com o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, os agentes envolvidos na recaptura estavam acompanhando a movimentação dos criminosos e aguardando o melhor momento para a abordagem. Rodrigues destacou que a prisão foi realizada sem resistência.
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