O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), se aposenta do cargo, nesta terça-feira (11), após ter antecipado em um mês sua aposentadoria. Ele completa 75 anos em 11 de maio, data em que seria aposentado compulsoriamente. O magistrado foi indicado ao Supremo durante o segundo mandato de Lula, em 2006.
Lewandowski deixa o cargo com um acervo de 780 processos, que devem ser herdados por seu sucessor, segundo informações da Agência Brasil. O próximo ministro deve ser indicado pelo presidente Lula, mas ainda não há consenso sobre o novo nome que irá assumir a cadeira na Suprema Corte. Até o momento, o único nome citado publicamente por Lula foi o do advogado Cristiano Zanin, que o defendeu nos processos da Operação Lava Jato.
Lewandowski ficou conhecido como o ministro mais alinhado ao PT e por sua posição garantista. A decisão mais recente do ministro foi manter no STF a notícia-crime em que o advogado Rodrigo Tacla Duran acusa o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) de uma suposta tentativa de extorsão.
Além de defender a constitucionalidade das indicações políticas em estatais, o ministro também foi relator da ação em que o Supremo decidiu pela constitucionalidade das cotas raciais em universidades públicas, em 2012 (ADPF 186).
Em entrevista ao Globo, publicada nesta terça-feira (11), o ministro disse esperar ter deixado na Corte “uma visão mais garantista quanto aos direitos dos acusados” e “mais generosa” em relação aos direitos das pessoas “economicamente menos favorecidas”.
Como não há prazo para indicação do novo ministro, Lula deve tratar do assunto somente depois da viagem à China. Antes de assumir, o indicado pelo presidente deverá ser sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e depois ser aprovado no plenário da Casa, por maioria absoluta (41 votos).
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião