A juíza do Trabalho de Xanxerê (SC) Kismara Brustolin, que ficou famosa pelos gritos e maus tratos a uma testemunha durante audiência, deverá ser punida. Provavelmente receberá advertência ou censura pelo comportamento desrespeitoso. A magistrada chamou a testemunha de "bocudo", apesar de a juíza ser a única pessoa gritando na audiência.
No Brasil, mesmo aqueles juízes que cometem erros muito mais graves do que as grosserias da magistrada de Xanxerê são punidos, administrativamente, no máximo, com a aposentadoria compulsória. Desde 2006, 75 juízes do país já foram condenados a essa pena capital, que, para um trabalhador comum, seria "sonho de consumo". Na lista estão magistrados que venderam sentenças e cometeram assédio sexual e continuam na folha de pagamento da União, independentemente de serem ou não condenados civil e criminalmente. Como o personagem de desenho animado Batfino, dos anos 60 e 70, os magistrados brasileiros vestem uma toga cujas prerrogativas funcionam como couraça de aço. Deveria protegê-los de crimes e criminosos, e não para acobertar grosserias, abusos e ilegalidades.
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