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O líder do governo Bolsonaro na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), discursa no Plenário ao lado de Alexandre Frota (PSL-SP)
O líder do governo Bolsonaro na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO): segundo ele, não haverá nova proposta de reforma.| Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo (PSL-GO), disse neste domingo (19) que não acredita em um novo texto da reforma da Previdência. Ele conversou sobre o assunto com o relator da nova legislação na comissão especial da Câmara, Samuel Moreira (PSDB-MG).

"Eu conversei com o relator (da Previdência) e ele explicou que não haverá uma nova proposta de Previdência. O texto como este é complexo e é natural que se apresente um substitutivo já que qualquer pequena modificação pode obrigar a adaptação de toda a proposta. Vamos dialogar para que se mantenha o texto encaminhado pelo governo, a sua essência", afirmou Vitor Hugo, ao chegar no Palácio da Alvorada para se reunir com o presidente Jair Bolsonaro.

Neste domingo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recebe na residência oficial o relator da reforma da Previdência Samuel Moreira (PSDB-SP), e o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, para tratar dos ajustes no texto que vai alterar as regras da aposentadoria no país.

Para segunda-feira (20), está prevista outra reunião do relator da proposta com a equipe econômica do governo, mas, desta vez, no Ministério da Economia, com a presença do ministro Paulo Guedes e de todos os secretários da pasta.

'Uma reforma com o DNA da Câmara'

Na sexta-feira, o presidente da Comissão Especial que analisa a reforma na Câmara, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), afirmou que um grupo de deputados decidiu que o projeto de reforma da Previdência terá a marca do Parlamento, e não a do Executivo.

A ideia, segundo Ramos, é apresentar um texto alternativo ao enviado pelo governo, de forma a garantir que o projeto tenha o DNA da Câmara, sem mudar os prazos de tramitação, no entanto.

"Dentro da lógica de blindar a pauta econômica, e dar um protagonismo maior para a Câmara dos Deputados, que tem assumido a responsabilidade de enfrentar as reformas estruturantes que o país precisa, hoje consideramos como hipótese a ideia de um projeto substitutivo ao encaminhado pelo governo, partindo da premissa de impacto fiscal proposto pelo governo, de R$ 1 trilhão", afirmou Ramos em vídeo divulgado pelo jornalista Nilson Klava, da GloboNews.

O líder do governo, no entanto, minimizou as supostas alterações.

No sábado (18), o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que está em constante diálogo com o relator Samuel Moreira e com Rodrigo Maia para apoiá-los na elaboração das mudanças no projeto enviado pelo Executivo.

As mudanças na concessão da aposentadoria rural e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) devem ser excluídas do projeto.

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