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A ex-deputada e atual podcaster do site Opera Mundi, Manuela d’Ávila (PCdoB), conversou com o fundador do site, o jornalista Breno Altman, na edição do dia 17 de janeiro de 2024 do programa “Expresso com Manu”. Manuela é líder de um Grupo de Trabalho (GT) criado pelo governo Lula para combater o “discurso de ódio e o extremismo”. Já Altman tem sido acusado por entidades judaicas de antissemitismo.
O GT comandado por Manuela também conta com a contribuição de nomes como o youtuber, Felipe Neto, e as feministas Lola Aronovich e Débora Diniz.
A comunista faz o programa do Opera Mundi direto dos Estados Unidos, onde está morando desde o ano passado, para a conclusão de um curso de doutorado em Políticas Públicas.
Na transmissão, Manuela e Altman comentam a ação da Confederação Israelita do Brasil (Conib) que pede a suspensão das contas de Altman nas redes sociais por causa de publicações em que, segundo a Conib, o jornalista tem “incitado a violência” contra judeus.
Na ação protocolada pela Conib no dia 11 de janeiro de 2024, a entidade alega que, mesmo depois de uma decisão judicial de novembro do ano passado, Altman continuou com as postagens ofensivas aos judeus e, portanto, desrespeitou a Justiça.
A Conib também pede que Altman seja impedido, sob pena de prisão, de participar de lives, vídeos ou manifestações que tenham "o mesmo cunho e objetivo de intolerância e de incitação à violência".
O jornalista tem sido alvo de críticas nas redes sociais por defender os atos terroristas do Hamas contra Israel. Além de participar de atos pró-Hamas, Altman tem acusado Israel de “racismo” e “antissemitismo”.
Altman começou a chamar atenção nas redes sociais por comemorar a entrada do Hezbollah na guerra contra Israel e por comparar judeus a ratos logo após a deflagração do conflito.
Na transmissão, Manuela e Altman tentaram justificar as falas do jornalista dizendo que ele não é contra os judeus, mas contra o “sionismo” que, segundo o jornalista, trata-se de uma corrente ideológica nascida dentro do judaísmo, porém, com ingredientes nazistas para, a exemplo de Adolf Hitler, tentar criar uma “raça superior”.
Os dois também compararam o chamado “movimento sionista” ao que chamaram de “extrema-direia europeria, norte americana e brasileira”.
Manuela d’Ávila chegou a afirmar que a “força da extrema-direita brasileira” veio dos evangélicos.
“Cada lugar com as suas características, não é Breno. No Brasil, essa extrema-direita, a partir da força entre os evangélicos, fica muito mais próxima (do sionismo) a partir da questão religiosa. Nos EUA, há um outro tipo de contradição, porque os democratas têm um grau de proximidade, em função da questão militar, por vezes mais elevado que os Republicanos”, disse a ex-deputada.
Já Altman, repetiu acusações de “genocídio” contra Israel e reclamou da pouca solidariedade dos esquerdistas ao presidente Lula por conta do apoio dado a denúncia de genocídio contra Israel.
“O presidente Lula tem tido uma vida difícil para afirmar uma posição clara em relação ao conflito, em relação ao genocídio de Israel contra o povo palestino. Ele vem avançando com um grau pequeno de solidariedade até mesmo da esquerda. A gente não vê parlamentares pegando o microfone na Tribuna apoiando o presidente Lula”, disse o jornalista.