O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE)| Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
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Durante a Conferência Eleitoral do PT para 2024, realizada em Brasília, nesta sábado (9), o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), defendeu o descumprimento da meta fiscal - proposta pelo próprio governo - se isso garantir o êxito do PT nas eleições municipais do próximo ano.

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“Eu estava conversando com a presidente (do PT) Gleisi (Hoffmann) que, se tiver que fazer déficit, vamos ter que fazer. Senão a gente não ganha a eleição em 2024. É claro que o governo Lula tem uma responsabilidade fiscal, mas temos um problema”, afirmou Guimarães.

A fala vai na mesma linha do que é defendido pela presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann, que no mesmo evento falou em “um déficit de 1%, 2% no PIB”.

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Mesmo com a decisão do governo de manter a meta fiscal de déficit zero para 2024, uma ala do PT vem divergindo do autor da proposta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em seu discurso na Conferência, o presidente Lula (PT) reclamou das brigas internas do PT, apelou para que a militância retomasse a fórmula de trabalho do início da formação do partido - quando os petistas não tinham o apoio financeiro de empresários - e disse que o partido “poderá conquistar uma vitória extraordinária nas eleições municipais”.

No mesmo evento, a deputada Gleisi Hoffmann incitou a militância petista contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Derrotamos o Bolsonaro, mas ainda temos que derrotar o bolsonarismo”, disse Gleisi ao discursar na abertura da Conferência.

A presidente do PT ainda acusou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de “sabotar o país”; criticou as “forças conservadoras” no Congresso que “exercem influência desmedida no Legislativo e até no Executivo”; e disse que a militância precisa se fortalecer nas redes sociais para combater o avanço da direita.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]