O líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, se reuniu com o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, na manhã desta quarta (8) em Brasília. O encontro foi divulgado pelo próprio ministro pelas redes sociais.
Almeida se disse honrado em receber “o companheiro” Stédile no ministério, e que conversaram sobre direitos humanos dos trabalhadores do continente.
“Tive a honra de receber o companheiro João Pedro Stédile, do MST. Conversamos sobre projetos no campo dos direitos humanos voltados aos trabalhadores e trabalhadoras da América Latina e do Caribe”, afirmou o ministro (veja na íntegra).
Silvio Almeida tem sido frequentemente homenageado pelo MST. Em meados de setembro, ele posou para uma foto nas redes sociais do MST segurando uma bandeira de Cuba em que “assinou um manifesto para a retirada do país da lista dos Estados que patrocinam o terrorismo”. Ele teria fortalecido a campanha “Cuba Vive e Resiste”, segundo a publicação.
O MST também promoveu um jantar em apoio ao ministro junto do grupo de advogados e juristas Prerrogativas, além de tê-lo convidado para coordenar um curso na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), vinculada ao movimento, no interior de São Paulo, em setembro.
“Nossa esperança é muito grande com os projetos que estão por vir [...] estamos apostando a nossa esperança no trabalho dele, à frente do Ministério dos Direitos Humanos”, disse o advogado do MST, Ney Strozake, pouco antes do jantar do grupo Prerrogativas.
Lula não cumpriu promessas, diz movimento
Apesar de ser um apoiador histórico de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o MST já fez duras críticas ao presidente neste ano por conta do pouco avanço de políticas de reforma agrária no novo governo. Um dos líderes do movimento, João Paulo Rodrigues, não descartou promover novas invasões de terras pelo movimento.
O próprio Stédile também fez críticas a Lula neste ano, chamando-o de “lento” e “medroso” para avançar com as pautas do movimento, e disse que o governo não atendeu a pedidos do MST. “Na política interna, o governo está muito lento, lerdo. Me atrevo a dizer, em algumas áreas, até medroso. Até agora nenhuma família foi assentada”, afirmou.
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